quinta-feira, 30 de julho de 2015

SONETO DO NEFELIBATISMO


Não queria ser um nefelibata,
Que leva esta vida assim tão etérea,
Criando palavras tão insensatas,
Com a minha imaginação aérea.


Tudo é uma viagem abstrata,
Tão louca e mesmo tempo muito séria,
Não há no mundo o que combata,
Esta linda jornada tão incerta,


Nada que mude minha natureza,
Que possa reverter minha tendência,
Minhas memórias me trazem leveza,


É meu vício e a minha dependência,
Trazendo em minha a mais nobre pureza,
Como uma estranha e linda consequência.

(Jorge Eduardo Magalhães)

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