domingo, 30 de agosto de 2015

SONETO DO AMOR VERDADEIRO


A certeza de um amor de verdade,
É muito carinho e compreensão,
Ter muito cuidado e dedicação,
É levar ao outro a felicidade.


Saber ouvir e ter cumplicidade,
Querer cuidar e ter preocupação,
Ter muito libido e também paixão,
Existir desejo e afinidade.


O amor não deve ser reprimido,
Ser expressado de todos os jeitos,
Amar é ser amante e ser amigo,


Ser o seu pessoal heroico feito.
O seu porto seguro, seu abrigo,
É vivenciar um amor perfeito.

(Jorge Eduardo Magalhães)



SONETO DA LUA CHEIA INSPIRADORA


A lua que aguça meu romantismo,
Quando vejo no mar o seu reflexo,
Recordações híbridas e sem nexo,
Que inspiram todos os meus aforismos.


O luar me traz certo bucolismo,
Surgindo pensamentos desconexos,
Que podem deixar o mundo perplexo,
Por não entender o meu empirismo.


Lua cheia refletida no mar,
Traz à tona minhas inspirações,
Luar prateado vem despertar,


O ápice de minhas emoções,
Brilhando em meu "eu" para iluminar,
Nostalgia de amores e aflições.

(Jorge Eduardo Magalhães)

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

SONETO ESCRITO SENTADO À MESA


Nesta calorosa tarde de inverno,
Sentado nesta mesa estou no céu,
Explanar meu "eu" é o meu mel,
E me livro de todos meus infernos.


Neste meu mundo tão ermo e deserto,
Surgem versos na folha de papel,
Esta caneta é como meu cinzel,
Que lapida meu mundo tão interno.


Entre o satírico e o romantismo,
Esculpindo amores e paixões,
Com uma dose certa de lirismo,


Pinto meus dissabores e emoções,
Entre razão e sentimentalismo,
Vou talhando todas as sensações.

(Jorge Eduardo Magalhães)

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

SINESTESIA



Ouço um inebriante som dourado,
"Me" faz sentir um vermelho sabor,
Sinto nas mãos um macio azulado,
Vejo em meus olhos teu cheiro de flor.


Miro a leveza com meu forte olfato,
Sorvo com os olhos a mais linda cor,
Mesclando meus sentidos de fato,
Olho, escuto e sorvo com amor.


Dizendo minhas palavras macias,
Vem surgindo em mim um sonoro lume,
Junto com a merencória lua fria,


Senti o seu mais áspero perfume,
Vi o enorme frio que fazia,
Toquei em sua cor como costume.

(Jorge Eduardo Magalhães)

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

SONETO DE LOUCURAS DE AMOR



Por amor, o mundo inteiro atravesso,
Mergulho nos abismos mais imensos,
Vivo minha vida de modo intenso,
Posso até torcer pelo Bonsucesso.


Por amor, desfilo no grupo de acesso,
Abusando da falta de bom senso,
revelo até tudo aquilo que penso,
Podendo até responder um processo.


Por amor, no mesmo lugar eu fico,
Sou capaz de pensar em ti somente,
Posso, por ti, pagar todos os micos,


Por amor, sou bem inconveniente,
Fico por conta própria de castigo.
Passo meu carnaval na Intendente...

(Jorge Eduardo Magalhães)

SONETO PARA O BEBÊ DE ROSEMARY


Por onde anda o bebê de Rosemary,
Como ele ele estará vivendo agora?
Será que ele sofreu bullying na escola,
Por causa daquela terrível pele?


A tenebrosa aparência que impede,
Que o indivíduo avance mundo afora,
Acho que foi um feio rapazola,
Com chifre que o mundo inteiro repele.


Deve te sido bem discriminado,
Filho de quem é e pela aparência,
Porque tudo o pai dele é o culpado,


Mesmo que possa explicar a ciência,
Maldição de ser sempre maltratado,
Mas que terrível infância e adolescência.

(Jorge Eduardo Magalhães)

terça-feira, 25 de agosto de 2015

SONETO DA INSPIRAÇÃO


Quis escrever uma linda epopeia,
Usando como profilaxia,
Invoquei musas da mitologia,
mas não apareceu nenhuma ideia.


Tentei criar minha nova odisseia,
Versos da minha épica poesia,
Contudo, toda minha minha teoria, 
Não foi para mim uma panaceia.


Mas descobri que em todo o meu lirismo,
Existe uma inspiração amorosa,
Escrevi-lhe com muito brilhantismo,


Meus sonetos, elegias e glosas,
Dediquei sutilmente os aforismos,
Escrevi, com amor, em verso e prosa.

(Jorge Eduardo Magalhães)


segunda-feira, 24 de agosto de 2015

SONETO DE UM RECENTE MOMENTO



Este recente momento,
Trouxe-me imensa saudade,
Que lindo acontecimento,
De grande felicidade.


Para mim, um acalento,
Uma singularidade,
Um rápido e doce evento,
Na sua totalidade.


Quando a vi perto, chegando,
Eu sentado àquela mesa,
Sorrindo e se aproximando,


Na mais total realeza,
Meu coração foi vibrando,
A mais completa grandeza.

(Jorge Eduardo Magalhães)

domingo, 23 de agosto de 2015

SONETO INTIMISTA


Ando por todos os bares,
Vagando por esta rua,
"Me" ilumina a luz da lua,
E olho todos os pares.


Pensando em todos os males,
Na verdade nua e crua,
Tudo aquilo que situa,
Meus prazeres e pesares.


Entro neste botequim,
Em um e outro pigarro,
Peço uma dose de gim,


Ouço a buzina dos carros,
Estou intimista em mim,
Na fumaça do cigarro.

(Jorge Eduardo Magalhães)

METASSONETO


Escrever sonetos é paranoia,
De conseguir criar do melhor jeito,
Confeccionar o verso perfeito,
E lapidar como uma rara joia.


Como fosse a luz de uma claraboia,
Que vem trazendo o lume ao grande feito,
Formando rima e métrica de efeito,
Versificar é uma ação heroica.


O poeta manifesta o eu-lírico,
Escrevendo com a alma e o coração,
Dilema entre o estudo e o empírico,


Colocando toda sua emoção,
Na mistura entre o real e o onírico,
Na musa que lhe dê inspiração.

(Jorge Eduardo Magalhães)

sábado, 22 de agosto de 2015

FRAGMENTOS DO TEMPO


Quando a revi depois de tanto tempo,
Parecia que os anos não passaram,
De repente as recordações voltaram,
E fez ficar mais forte o meu alento.


Admirei seus olhos mais atento,
Ainda do mesmo jeito brilhavam,
Meus ânimos ainda a contemplavam,
Lembro-me de seus cabelos ao vento.


Momentos de minha fortuna e sorte,
Acalentando aquela joia rara,
As recordações tão belas e fortes,


Suas mãos macias e pele clara,
A vida em fragmentos e recortes,
Partes unidas que não se separam.

(Jorge Eduardo Magalhães)

SONETO DO ZELO


Este tal jeito de ser,
Gosta tanto de cuidar,
Que pode até perturbar,
Mas que só quer proteger.


A mania de acolher,
Querendo sempre zelar,
Pode até incomodar,
Mas é só um bem querer.


Toda esta dedicação,
Sempre tem prioridade,
É impar no coração,


Esta é grande verdade,
Uma enorme proteção,
Com a exclusividade.

(Jorge Eduardo Magalhães)

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

SONETO EXACERBADO


Poderia lhe pedir mil perdões,
Pelo meu jeito tão exacerbado,
Por este meu amor desajeitado,
Pungente que incendeia os corações.


Deveria conter as pulsações,
Este defeito me deixa enfadado,
Meu afeito que me faz inspirado,
Para quem sente a paixão das paixões.


Posso escrever mil sonetos a esmo,
Fazendo juras do amor dos amores,
Querendo mostrar meu "eu" a mim mesmo,


Poderia criar a cor das cores,
A mais linda joia em alto relevo,
E lhe dar a mais linda das flores.

(Jorge Eduardo Magalhães)

terça-feira, 18 de agosto de 2015

ADQUIRAM MEU LIVRO "HETERONÍMIA MALDITA"

Adquiram meu livro "Heteronímia maldita" pelos lnks:
http://www.ciadoslivros.com.br/heteronimia-maldita-694371-p
http://www.artepaubrasil.com.br/heteronimia-maldita-694371-…
http://www.travessa.com.br/Busca.aspx
http://www.giostrieditora.com.br/livra…/heteronimia-maldita/

SONETO DA OBRA PÓSTUMA


Depois que eu morrer na total pobreza,
Serão estudadas minha obra e vida,
A minha escrita será muito lida,
Como o tal da epopeia portuguesa.


Formarão muitos debates e mesas,
Várias teses serão defendidas,
Sobre as minhas inspirações perdidas.
Virão os enigmas e incertezas.


Sobre a minha produção literária,
Terão pesquisas desafiadoras,
Surgirão as dúvidas temerárias,


Como suas teorias promissoras,
Mas com uma lacuna centenária,
De quem foi minha musa inspiradora.

(Jorge Eduardo Magalhães)

SONETO DA PEDAGOGIA REVOLUCIONÁRIA


Aquele doutor em pedagogia,
Foi me chamando de reacionário,
Criou um modo revolucionário,
Pôs no ensino sua filosofia.


De ensinar como o nosso dia a dia,
Sem reprovar, nem controlar horário,
Explorando sua tese e cenário,
Defendeu sua linda teoria.


Quem não concordou chamou de fascista,
Usou  com rigor a sua retórica,
Contra o ensino tradicionalista,


Mas, de uma forma contraditória,
Pôs  os seus na escola conteudista,
Com educação rígida e católica.

(Jorge Eduardo Magalhães)

domingo, 16 de agosto de 2015

ANÁFORA


 
Somente você que me deixa cego,
Só com você que tenho paciência,
Somente você que amo com paciência,
Só você que por muito tempo espero.


Só teus braços que a qualquer hora quero,
Só em você que penso com frequência,
Somente a ti que amo com veemência,
Só você que na minha frente enxergo.


Somente por ti que perco meu sono,
Penso em você todos os meus segundos,
Somente você que nunca abandono,


Dedico a você meu amor profundo,
Somente para ti versos componho,
Tenho toda a paciência do mundo.

(Jorge Eduardo Magalhães)

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

SONETO ESCRITO EM UMA TABACARIA


Aqui na tabacaria,
A fumaça entorpecente,
Vem trazendo à minha mente,
Uma imensa nostalgia.


Sentimento que vicia,
Que tão compulsivamente,
Tão frondosa e reluzente,
Meu bálsamo que alivia.


Agonias do meu ser,
A fumaça relaxante,
Revigora o meu viver,


Inspiração tão vibrante,
O meu vício é escrever,
Para alguém a todo instante.

(Jorge Eduardo Magalhães)

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

SONETO DA GRADAÇÃO

 
Quando a vi, gostei, amei, venerei,
Amando por meses, dias e anos,
Por ela, chorei, gritei, implorei,
Tão fora de mim, tão louco e insano.


Por este amor, eu sofri, definhei,
Com choros, soluços, caindo em prantos,
Por amor bradei, berrei e urrei,
Vivendo como um padre, como um santo.


Tempo em que vivi, cresci e aprendi,
No meu ontem, meu hoje, meu agora,
No mundo amadureci, floresci,


Aquele mesmo amor que me devora,
Que  me faz amar, brincar e sorrir,
Surge em instantes, minutos e horas.

(Jorge Eduardo Magalhães)

SONETO PARA A MENINA DO CASAQUINHO XADREZ



Recordo com bastante nitidez,
De quando você era menininha,
Com aquele casaquinho xadrez,
Contrastando coma, pele branquinha.


Contemplava-te com embriaguez,
No meu mundo paralelo era minha,
Enorme devoção com altivez,
Em meus devaneios era rainha.


O teu jeitinho de ser apressado,
Tua forma híbrida de me olhar,
Fizeram de mim teu apaixonado,


Conseguiu, com teu jeito, me encantar,
Com o coração muito acelerado,
Ficava o tempo todo a te cercar.

(Jorge Eduardo Magalhães)

domingo, 9 de agosto de 2015

SONETO DOS CAMINHOS DO PASSADO




O passado que ainda me consome,
Esta rua pitoresca e formosa
Aquela árvore tão frondosa,
Fazem-me lembrar o seu lindo nome.


Caminhos que o passado me conduz,
E vou resgatando minha memória,
Aquele lindo nome que reluz,
O meu ontem, meu hoje, meu agora.


O nome reluzente que em mim clama,
Pelos caminhos tortuosos sigo,
Lindos anos que a luz dos céus inflama,


Muito saudoso e nostálgico fico,
O nome reluzente que ela se chama,
Nos lugares do meu passado eu vivo.

(Jorge Eduardo Magalhães)

sábado, 8 de agosto de 2015

SONETO DO DOCE ENJOATIVO


Tratava-a com bastante doçura,
Toda minha devoção e amor,
Para mim, lindo anjo de candura,
Cuidei dela como uma rara flor.


Foi para minhas tristezas a cura,
A vida, um delicioso sabor,
Entreguei-me àquela paixão tão pura,
Venerando os seus olhos, sua cor.


Porém, não sei por que tão de repente,
Minha flor foi esfriando comigo,
Eu, sempre tão doce e tão carente,


Comecei a ser por ela esquecido,
Não me dava a atenção de anteriormente,
O docinho ficou enjoativo.

(Jorge Eduardo Magalhães)

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

SONETO SEM RUMO 2


Anjo, no mundo, desapareceu,
O poeta, sem rumo, foi vagar,
Para preencher o vazio seu,
Começou ao seu anjo procurar.


Andando por aí que se perdeu,
Sem ao menos seu anjo encontrar,
Com insistência, não esmoreceu,
Lúcido, não parava de sonhar.


Apesar de suas desventuras,
Seguiu a trajetória com insistência,
Nunca desistindo de sua busca,


Para completar a sua existência,
E reencontrar seu anjo, com candura,
Foi longe para suprir sua ausência.

(Jorge Eduardo Magalhães)



terça-feira, 4 de agosto de 2015

SONETO DO REENCONTRO


Tive sorte em te encontrar,
Como é bom estar contigo,
Minha vida faz sentido,
Muito bom te abraçar.
 
Meu reflexo em seu olhar,
Reflete um amor bonito,
Seu amado, seu amigo,
Está sempre em ti pensar.
 
Sou grato de coração,
De tudo que faz por mim,
Te adoro de paixão,
 
Um amor que não tem fim,
Que me tira da razão,
Eu te reencontrei, enfim.
 
(Jorge Eduardo Magalhães)

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

SONETO PARA SER MUSICADO COM MELODIA DE BOSSA NOVA


Quando passou, não olhou,
Tão bonita quanto o mar,
Foi andando, não parou,
Como um barco a se afastar.


Como a tarde de verão,
Que esvai com o anoitecer,
Transpirando de emoção,
Radiante de viver.


A menina que passou,
Ainda vive em meus versos,
É para ela que estou,


Criando no meu reverso,
Poesia que deixou,
O poeta tão disperso.

(Jorge Eduardo Magalhães)

SONETO DA ANSIEDADE


SONETO DA ANSIEDADE
A ânsia que sempre vem, 
Muita agitação me traz, 
Estimula meu porém, 
Com euforia demais.


O meu "eu" sempre contém, 
A lembrança que se faz,
Coração que dentro tem, 
Dilemas cada vez mais.


Vem brotando minhas agruras,
Surgem em mim recordações, 
Sentimentos se misturam,


Minhas doces sensações, 
As feridas não se curam,
Vêm com muitas emoções.

(Jorge Eduardo Magalhães)

domingo, 2 de agosto de 2015

SONETO DO VELHO CALENDÁRIO

 

O tempo perdido no calendário,
Fez o tempo passar e eu não vi,
Mas não mudou o antigo cenário,
Estas paisagens que eu nunca esqueci.


Este tempo foi meu adversário,
Mas minhas emoções eu não perdi,
Os anos tão cruéis e arbitrários,
Porém, nunca apagaram o que eu vivi.


Com os anos, muitas coisas mudaram,
Mas estão vivas em minhas lembranças,
Dos lindos momentos que se passaram,


Recordando sempre em minhas andanças,
Fatos lindos que foram e ficaram,
Vivos em mim e me fazem criança.

(Jorge Eduardo Magalhães)

sábado, 1 de agosto de 2015

SONETO DA CARTA DE AMOR ESQUECIDA


Esta carta tanto tempo guardada,
Destinada a ti e não lhe entreguei,
Ficou com as páginas amareladas,
Confissão de amor que não revelei.


Dizia: você é minha adorada,
Princesa divina que eu mais amei,
Mas esta paixão não foi confessada,
Meu amor por ti, não lhe declarei.


Começava com "Minha querida,
Você sempre foi tudo para mim,
Sem você, não tenho nada na vida,


Nunca ter você será o meu fim."
Se tal carta não ficasse escondida,
Hoje eu não seria tão triste assim.

(Jorge Eduardo Magalhães)