SONETO DA NEGAÇÃO

Não mais lhe enviarei corações

Nem muito menos, flores virtuais,

Versos a ti, não farei nunca mais,

Não revelarei minhas emoções,

Beijos no sorriso e outras menções,

Eu não irei lhe desejar jamais,

Não mais direi que "te adoro demais",

E outras singelas declarações.

Não mais te aguardarei a noite inteira,

Não vou mais contemplar a tua imagem,

Com minhas declarações verdadeiras,

Não farei a ti mais homenagem,

Mas te confesso que por mais que eu queira,

Tudo que disse, não terei coragem.

(Jorge Eduardo Magalhães)

SONETO PARA AS BRUXAS

Bruxas eram mulheres fascinantes,

Tão repletas de percepções,

Que sofreram muitas perseguições,

Pela Igreja e pelos ignorantes.

A essas guerreiras tão atuantes,

Vistas por muitos como aberrações,

Eu lhes desejo felicitações,

Por esta data, a elas, importante.

Mas aquelas feias e sem magia,

Sempre medíocres e fofoqueiras,

Chamadas "bruxas" por analogia,

Muito desagradáveis e intrigueiras,

Desejo que neste mágico dia,

Ardam com veemência na fogueira.

(Jorge Eduardo Magalhães)

UM SONETO TRISTE

Às vezes, sinto-me bastante triste
Fico aqui, bem isolado em meu canto,
Dentro de mim, deságua o meu pranto,
Por um motivo que não sei se existe.


Melancólico âmago resiste,
Imaginando um pseudo-acalanto,
Meus devaneios, sem nenhum encanto,
Um desalento que em meu "eu" insiste.


Sempre tentando iludir a mim mesmo,
Vou me concedendo o meu próprio indulto,
Liberando meus delírios a esmo,


Trazendo-me alívio e um próprio insulto,
E neste enigmático contexto
Vão enlevos pessoais e ocultos.

(Jorge Eduardo Magalhães)

SONETO DA DIRETORA DE HARMONIA

Tão bela diretora de harmonia

Da tua escola és o coração

Coordena bem uma  evolução

Certeza de toda sua alegria.

Na avenida, a mais linda poesia

Que transmite toda a sua emoção

Trazendo-nos bastante  vibração

Organiza as alas e fantasias.

Da nossa escola, tu que traz a vida

Leva a agremiação a desfilar

Tu és a luz divina da avenida

É  maravilhoso te ver passar

Porque tu és para mim tão querida

É   bom na avenida te contemplar.

(Jorge Eduardo Magalhães)

SONETO DA PALPITAÇÃO

Meu coração bate de uma só vez,

Daquela  forma forte e palpitante,

De um jeito inexplicável e vibrante,

Num misto de razão e insensatez,

Iluminado com tanta altivez.

O meu "eu" fica ainda mais  brilhante,

Aquele teu brilho tão incessante,

Aguçando meu sim e meu talvez.

Coração no ritmo acelerado

Palpitando feito taquicardia,

Por causa de meu anjo iluminado,

Dona de meu frescor e primazia,

Que diante de meu ser adorado,

Vem me trazendo saudade e alegria.

(Jorge Eduardo Magalhães)

SONETO DO BEIJO SONHADO

Certa noite, sonhei com teus abraços,

E com aqueles teus beijos tão doces,

Senti um acalento como fosse,

O calor envolvente dos teus braços.

Escutei o ruído dos teus passos,

Linda sensação que o sonho me trouxe,

Algo dentro de mim que iluminou-se,

Devaneio reatou nossos laços.

Quimera repleta de desejo,

Ilusão deste meu encantamento,

Saboreando gosto dos teus beijos,

Preenchendo-me de contentamento,

Neste delírio que é o meu ensejo,

De viver maravilhoso momento.

(Jorge Eduardo Magalhães)

SONETO DO AMOR VENAL

Sempre subo aquelas velhas escadas,

De madeira e mangueiras luminosas

Em busca de uma noite prazerosa,

Com a minha pseudo-namorada.

Já no salão da casa assobradada,

Dança, com alegria dolorosa,

"Me" abraça, com tristeza calorosa.

Naquele momento, ela é minha amada.

Despe-se dos seus trajes sensuais,

Entregando a mim o seu corpo inteiro,

Fingidos sussurros ocasionais.

Obscuros "Te adoro" por dinheiro,

Melancólicas paixões tão venais,

Pálida sombra do amor verdadeiro.

(Jorge Eduardo Magalhães)

SONETO SOBRE A ARTE DE AMAR

Amar é grandiosa devoção,

É por seu amor fazer mil loucuras,

Declarar-se sem pudor e nem censura,

E não esconder a sua emoção.

A lúdica fonte de inspiração,

Nas muitas artes, na Literatura,

É aprimorar uma partitura,

Daquela erudita composição.

Mais doloroso de todos alentos,

Algo que é tão teórico e empírico,

Sentindo-se abrigado no relento,

São versos amorosos e satíricos,

Que cantam o amor a todo momento,

De um modo épico, dramático e lírico.

(Jorge Eduardo Magalhães)

CONVERSA DE WHATSAPP

Se quiser sair, fique à vontade,

Se quiser conversar, estou aqui,

Se estiver triste, faço-te sorrir,

Se  quiser aja, com sinceridade.

Caso queira, pode até me excluir,

Claro, ficarei triste de verdade,

Sentirei em mim, infelicidade,

E aquela enorme falta de ti.

Nossas conversas, sempre tão contentes,

Despertam enorme alegria em mim,

Sensação ímpar, que ninguém mais sente,

Vem iluminando meu "eu" assim,

Sentimento que indescritivelmente,

Você que me traz alegria, enfim...

(Jorge Eduardo Magalhães)

SONETO DE LOUCURAS DE AMOR

Por amor, o mundo inteiro atravesso,

Mergulho nos abismos mais imensos,

Vivo minha vida de modo intenso,

Posso até torcer pelo Bonsucesso.

Por amor, desfilo no grupo de acesso,

Abusando da falta de bom senso,

revelo até tudo aquilo que penso,

Podendo até responder um processo.

Por amor, no mesmo lugar eu fico,

Sou capaz de pensar em ti somente,

Posso, por ti, pagar todos os micos,

Por amor, sou bem inconveniente,

Pela minha liberdade abdico. 

Passo todo  carnaval na Intendente...

(Jorge Eduardo Magalhães)

SONETO SOBRE O BEIJO

Existem diversos tipos de beijos,

O selinho é tão doce e angelical,

De língua, que é excitante e sensual,

Despertando todos nossos desejos.

Na bochecha, é o beijo do cortejo,

Provocante, puro ou sentimental,

No coração, beijo imaterial,

Tão puro e místico do nosso ensejo.

É delicioso o beijo roubado,

Que sempre é dado sem nenhum aviso,

Tem aquele gostinho de pecado.

Porém, o mais gracioso e preciso,

Aquele beijo tão abençoado,

Que se dá no cantinho do sorriso.

(Jorge Eduardo Magalhães)

PREMIAÇÃO DO CONCURSO LITERÁRIO JOSÉ BONIFÁCIO DE 2018

No último dia 16 de outubro fui premiado pela 3ª colocação do Concurso Literário José Bonifácio de 2018, organizado pela Academia Luso-Brasileira de Letras

CATEGORIA: ENSAIO

TEMA: VIOLÊNCIA  - PROPOSTAS E SOLUÇÕES

RESUMO: Este artigo visa fazer uma breve abordagem sobre a violência, mais especificamente nos grandes centros urbanos, apontando suas principais causas e sugerir algumas soluções de caráter social, político e educacional, ao mesmo tempo propondo reformulações nos aspectos legais.

PALAVRAS-CHAVE: Violência, Educação, Leis, Sociedade.