terça-feira, 22 de setembro de 2015

SONETO DA MUSA DA EDUCAÇÃO


Lá vem ela com elegância docente,
Com o seu charme tão professoral,
Contagiando até o corpo discente,
Dona de um "it" muito pessoal.


A musa da educação gonçalense,
Que trabalha na classe especial,
Vai encantando  toda a nossa gente,
Minha inspiração educacional.


Sempre quando vai subindo as escadas,
Meu coração sempre bate tão forte,
Fico feliz toda vez que ela passa,


Poder contemplá-la é um ato de sorte,
O meu olhar nem ao menos disfarça,
tento fazer que meu "eu" se comporte.

(Jorge Eduardo Magalhães)



SONETO DOS HAICAIS

Desponto todo o meu imaginário,
Através dos meus simples haicais,
Revelo um particular cenário,
Nestas formas tão orientais.


Elaborados como um relicário,
Com a mesma presteza dos florais,
Tao simples e belo quanto um orquidário,
A precisão que ninguém viu jamais.


Versificação só com três estrofes,
Estrutura de um pequeno poema,
Mas, para o trovador não é problema,


O poeta lançado a toda sorte,
Constrói o seu mais precioso esquema,
Criando dos mais valorosos temas.

(Jorge Eduardo Magalhães)

SONETO DA DISPUTA DE SAMBA


Fui querendo disputar o meu samba,
Para defender minha amada escola,
Achei que estava pisando na bola,
Cheguei a pensar que eu não fosse bamba,


Levei na disputa a corda e a caçamba,
Devagar para não entrar de sola,
Levei a criançada de graçola,
Para alegrar a ala das baianas.


Mas a parceria que era de fora,
Parecia até que nunca existiu,
Colocaram meu samba na sacola,


Ninguém escutou, ninguém ouviu,
Quem ganhou foi um grande boi com abóbora,
O meu samba na primeira caiu.

(Jorge Eduardo Magalhães)

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

SONETO OCASIONAL



Não quero lhe dizer só frases feitas,
Não vou repetir apenas jargões,
Quero mostrar as minhas emoções,
Em minhas palavras tão imperfeitas.


A paixão pelo coração eleita,
Não possui regras e nem condições,
Só inesperadas ocasiões,
Que meu peito enamorado deleita.


As declarações nunca elaboradas,
Sempre transparentes e naturais,
Como grande empreendimento e jornada,


O prenúncio de signos e sinais,
Escrevendo para a pessoa amada,
Nestes sonetos tão ocasionais.

(Jorge Eduardo Magalhães)

domingo, 20 de setembro de 2015

SONETO PARA SER MUSICADO COM MELODIA DE CHORINHO


Chorei solitário este meu triste choro,
Ouvindo meus chorinhos matinais,
Como um prólogo lírico de um coro,
Em representações tão  teatrais.


E vou sempre quebrando este decoro,
Nestes choros chorados musicais,
Nunca consigo colher os meus louros,
Com as inspirações especiais.


A regional tocando os instrumentos,
E eu, em minha mesa, tão sozinho,
Bandolins exalando chamamentos,


Lembrando teus abraços e carinhos,
Canções de nostalgia e lamentos,
Inebria-me este triste chorinho.

(Jorge Eduardo Magalhães)

sábado, 19 de setembro de 2015

SONETO DAQUILO QUE NÃO FOI


Aquele retrato que não tirei,
Ficou bem guardado em minha memória,
O meu grande amor que não conquistei,
Entrou para a minha mais bela história,


O grande título que não ganhei,
Foi, com certeza, minha maior glória,
Os lugares por onde nunca andei,
Fazem parte da minha trajetória.


Em meus falsos caminhos eu me aturdo,
Onde tudo é falso e tão verdadeiro,
As mais loucas sensações que misturo,


Como lindos versos de um cancioneiro,
Algo que é tão palpável e absurdo,
Que vai me consumindo por inteiro.

(Jorge Eduardo Magalhães)

SONETO DA PROCURA


Andei muito tempo alguém procurando,
Alguém que há muitos anos meus olhos não viam,
Mas que meus ânimos nunca esqueciam,
Minhas lembranças ficavam buscando.


Nesta minha busca sempre tentando,
A sua voz, meus ouvidos ouviam,
Meus impulsos em mim não mais cabiam,
Na grande demanda sempre sonhando.


Nestas imagens que os olhos revelam,
A nostalgia repleta de apegos,
Tanta loucura numa vida vivida,


As tenras saudades em mim despertam,
Influencia todo o meu sossego,
Minhas agruras em mim tão contidas.

(Jorge Eduardo Magalhães)

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

"HETERONÍMIA MALDITA" NA MARTINS FONTES PAULISTA

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terça-feira, 15 de setembro de 2015

SONETO DO AMOR SUBLIME


O amor sublime é puro e singelo,
Com caracteres conservadores,
Embora tenha libido e rumores,
É aquele sentimento mais belo.


A união formada por um elo,
Um sentimento cheio de pudores,
Porém com volúpia e seus calores,
Formando em seu âmago um duelo.


Tem uma especial delicadeza,
Muito entendimento e cumplicidade,
Um jeito de agir com toda clareza,


Serem amantes e ter amizade,
Todo um desejo, com certeza,
Mas o amor que é prioridade.

(Jorge Eduardo Magalhães)



domingo, 13 de setembro de 2015

PARADOXO


Tão solitariamente acompanhado,
Vida repetitiva que se inventa,
Na insatisfação que me contenta,
Mundo sereno tão atribulado.


Parando por lugares caminhados,
Naquela desistência que se tenta,
Delícia de castigo que acalenta,
Vivendo meus falares tão calado.


Certeza de dilemas tão incertos,
Todo um trabalho árduo se desfaz,
A cidade, um populoso deserto,


Eternamente inicio os finais,
Distanciando cada vez mais perto,
Minhas verdades paradoxais.

(Jorge Eduardo Magalhães)

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

SONETO DE UM PRELÚDIO


Faço este pretensioso prelúdio,
Como fosse uma joia preciosa,
O mote de uma musa tão formosa,
Sutileza de meu subterfúgio.


Razão de meu viver, meu refúgio,
Flor que desabrocha tão viçosa,
Que no meu alvorecer é tão vistosa,
Sonoros fragmentos de interlúdio.


Sendo tão singelo e tão prolixo,
A musicalidade me conduz,
Com meus radicais e meus afixos,


Todo sentimentalismo que induz,
Na sensibilidade que me fixo,
O seu nome em minha mente reluz.

(Jorge Eduardo Magalhães)



terça-feira, 8 de setembro de 2015

PLEONASMO


Amei um amor que foi muito amado,
Padeci de um sofrimento sofrido,
Dividindo um coração tão partido,
Entrei para dentro do meu passado.


Menti para um coração enganado,
Com arrependimento arrependido,
Feri um ferimento ferido,
Delirei devaneio tão sonhado,


Fiquei no meu tempo atual agora,
Louvei meus sentimentos com louvor,
Saí com a minha dor para fora,


Fiz de todos os medos meu temor,
Porque tento me conter, mas embora,
Vivo adorando aquele amado amor.

(Jorge Eduardo Magalhães)

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

SONETO DA FALTA DE INSPIRAÇÃO


Logo que parou de me responder,
Toda a minha inspiração foi embora,
Como é que eu vou conseguir agora,
Os meus lindos versos escrever?


Nossa literatura vai perder,
Sonetos criados a toda hora,
Pois todo o meu lirismo foi embora,
Então eu não sei mais o que fazer.

Fugiu a minha literariedade,
Porque este poeta foi esquecido,
Coração tão repleto de saudades.


Como nossos cânones têm perdido,
Versos de preciosa qualidade,
Inspiração! Faz as pazes comigo!

(Jorge Eduardo Magalhães)



DEPOIS DAQUELE DIA


Depois daquele dia,
Quando aflorou minha essência,
O despertar da existência,
Para minha poesia.


Aquela doce companhia,
mas que linda experiência,
maravilhosa vivência,
Que momento! Que magia!


Naquele café esperando,
A inspiração foi surgindo,
Os meus versos fui criando,


Minha mente foi se abrindo,
Ao vê-la se aproximando,
E o poeta ressurgindo.

(Jorge Eduardo Magalhães)

domingo, 6 de setembro de 2015

SONETO DO CABARÉ DE LUZ VERMELHA


A música daquele cabaré,
Com seu incessante lume vermelho,
Reflexos femininos no espelho,
Sacras como imagens da Santa-Sé,


Possuem uma nobreza entre a ralé,
Com pálidas carícias e conselhos,
Das minhas lembranças eu me emparelho,
Entre o gim e um pouco de café.


Vejo se unirem os falsos casais,
Dos mais amargos e doces sabores,
Como se fossem pseudo-esponsais,


Faltando amor e sobrando favores,
Soam em meus ouvidos recitais,
Penso no meu grande amor com louvores.

(Jorge Eduardo Magalhães)

SONETO DAS MADRIGAIS


Idealizando as minhas madrigais,
Entre as flores deste lindo jardim,
Os aromas com tom de carmesim,
Exalam em meus repentes matinais.


Em meus versos estes tons musicais,
Vem bem lentamente brotando em mim,
Com aquela alegria de festim,
Que poeta nenhum viveu jamais.


Lapido minhas versificações,
Para todos os que estão apaixonados,
Ofereço minhas inspirações,


Para quem vive um amor do passado,
manifestando todas as emoções,
De um jeito bucólico e rebuscado.

(Jorge Eduardo Magalhães)

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

SONETO DA MULHER CANTANDO NA JANELA


Quando a vi cantando na janela,
De seus lábios soava um lindo canto,
Ressonava pelo ar um triste pranto,
Aquela cantiga doce e singela.


Canora melodia que revela,
As sensações que nos enchem de encanto,
Inebriando-me como um acalanto,
Canção de devaneio que é tão bela.


Formosa que canta divinamente,
Trazendo sensação inebriante,
Aprazível cânfora entorpecente,


Anjo misterioso e fascinante,
Seu canto vem trazendo em minha mente,
Recordações de um amor a todo instante.

(Jorge Eduardo Magalhães)



quarta-feira, 2 de setembro de 2015

SONETO PARA SER CANTADO EM UMA SERESTA


Quando a emoção brota em mim,
A vida, então, vira uma grande festa,
O samba na mesa do botequim,
Soa em meus ouvidos como uma orquestra.


Sinto o suave fragor do jasmim,
Naquela água de cheiro mais modesta,
Uma grandiosa ópera sem fim,
Aquela doce e suave seresta.


Tudo para mim é calmo e sereno,
Todas as ruas têm cheiro de rosa,
Enfim... qualquer lugarejo é intenso,

O aroma das árvores frondosas,
Minhas inspirações eu reordeno,
Por estas paisagens que são formosas.

(Jorge Eduardo Magalhães)

SONETO DO MILITANTE DO MOVIMENTO NEGRO


Defensor ferrenho da negritude,
Exigia reparação da história,
De um tempo em que o negro sofria inglórias,
Cobrava de sua gente atitude.


Dizia que ser negro é grande virtude,
Que a elite branca da mais vil escória,
De seu povo vingaria a memória,
Com os brancos não tinha solicitude.


Contra branco opressor, negro resiste,
Dizia: nós devemos fazer jus,
Este ódio mais profundo que existe,


Abrir uma Ong lhe deu uma luz,
O militante passou para a elite,
Casou com a loura de olhos azuis.

(Jorge Eduardo Magalhães)

terça-feira, 1 de setembro de 2015

SONETO DA OUTRA PARTE


Todo mundo tem a sua metade,
Vivendo na sua eterna procura,
Levando a uma incessante loucura,
Numa eterna busca desta outra parte.


Esta outra parte que não se reparte,
Que procurá-la é uma intensa aventura,
Árduos percalços, ato de bravura,
Parte, não reparte, é seu baluarte.


A busca incansável do outro ser,
Descrição fiel do amor platônico,
Fazendo a outra parte perecer,


Tornando este mundo tão desarmônico,
Ficando difícil de se entender,
Nosso entorno tão cruel e irônico.

(Jorge Eduardo Magalhães)