sábado, 19 de setembro de 2015

SONETO DA PROCURA


Andei muito tempo alguém procurando,
Alguém que há muitos anos meus olhos não viam,
Mas que meus ânimos nunca esqueciam,
Minhas lembranças ficavam buscando.


Nesta minha busca sempre tentando,
A sua voz, meus ouvidos ouviam,
Meus impulsos em mim não mais cabiam,
Na grande demanda sempre sonhando.


Nestas imagens que os olhos revelam,
A nostalgia repleta de apegos,
Tanta loucura numa vida vivida,


As tenras saudades em mim despertam,
Influencia todo o meu sossego,
Minhas agruras em mim tão contidas.

(Jorge Eduardo Magalhães)

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