domingo, 13 de setembro de 2015

PARADOXO


Tão solitariamente acompanhado,
Vida repetitiva que se inventa,
Na insatisfação que me contenta,
Mundo sereno tão atribulado.


Parando por lugares caminhados,
Naquela desistência que se tenta,
Delícia de castigo que acalenta,
Vivendo meus falares tão calado.


Certeza de dilemas tão incertos,
Todo um trabalho árduo se desfaz,
A cidade, um populoso deserto,


Eternamente inicio os finais,
Distanciando cada vez mais perto,
Minhas verdades paradoxais.

(Jorge Eduardo Magalhães)

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