domingo, 11 de dezembro de 2011

ESCREVO TEXTOS TEATRAIS POR ENCOMENDA


Atenção companhias, atores e grupos teatrais,
Sou autor teatral com muita experiência, tendo quase 50 peças escritas e umas vinte já encenadas. Escrevo textos por encomenda, tragédia, comédia, tragicomédia, entre outros gêneros, com qualquer número de personagens, de acordo com o gosto de quem contratar meus serviços. Facilito o adiantamento e cobro apenas, porcentagem de bilheteria. Os interessados podem entrar em contato pelos e-mails: jemagalhaes@yahoo.com.br e j.edu.magalhaes@hotmail.com.
Entrego o texto pronto em no máximo 2 semanas.
Atenciosamente
Jorge Eduardo Magalhães

domingo, 6 de novembro de 2011

INGRESSOS DE "ECOLOGICAMENTE INCORRETOS" ESTÃO SENDO VENDIDOS ANTECIPADAMENTE A R$ 10,00


Caros amigos,


Os ingressos da minha peça "Ecologicamente incorretos" estão sendo vendidos com antecedência na secretaria do curso a R$ 10,00. Falar com a Carolinne, de segunda a sexta, das 14:00 às 20:00.
Tel: (21) 2235-7066.
Conto com a presença de todos.

Atenciosamente,

Jorge Eduardo Magalhães

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

"ECOLOGICAMENTE INCORRETOS" NO TEATRO PRINCESA ISABEL



No próximo dia 6 de dezembro, às 21:00h, no Teatro Princesa Isabel, será a apresentação da minha peça Ecologicamente incorretos, dirigida por Zaira Zambelli. ´Na peça, um casal vai morar num condomínio completamente ecolégico, onde tudo é natural e reciclado, mas a visita de amigos e parentes sem nenhuma consciência ecológica, causa problemas ao casal. O Teatro Princesa Isabel fica na Av. Princesa Isabel, 186 - Copacabana. O ingresso custa R$ 20,00.
Conto com a presença de todos.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

RESUMO DO ARTIGO DE JORGE EDUARDO NO COLÓQUIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA


 Em novembro de 2010, apresentei no "Cena II - Colóquio Nacional de Estudos em Narrativa: história e ficção no universo fantástico", na Universidade Federal de Uberlândia, o meu artigo O exercício da religião e o comportamento humano no conto "Entre santos", de Machado de Assis.
 O artigo visa enfocar o sonho, a alucinação e o devaneio na obra de Machado de Assis, trabalhando especificamente com o conto “Entre santos”. Será feita uma análise do conto citado cujo narrador-personagem, um padre velho, conta que viu as imagens dos santos em tamanho de gente conversando sobre o comportamento de seus fiéis, há muitos anos atrás, quando ainda era capelão de São Francisco de Paula.
 No conto estudado será destacada a utilização feita por Machado de Assis do sonho, da alucinação e do tempo remoto como recurso para pôr em duvida à versão do narrador e também para se sentir mais à vontade ao fazer sua crítica ao exercício da religião.
Confiram:
http://www.gpea.ileel.ufu.br/cena/cadernoderesumos.pdf

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

ARTIGO ACADÊMICO DE JORGE EDUARDO NA REVISTA VERNACULUM DA UCP

 O meu artigo acadêmico O encoberto: a comédia do impostor está disponível no site da Revista Vernaculum da Universidade Católica de Petrópolis.
 O artigo é é um estudo da comédia O Encoberto de Natália Correia, obra esta que ficou proibida de ser encenada em Portugal durante todo o período fascista e ditatorial por fazer um cruzamento entre a ficção e a história, ou seja, criar personagens fictícios e confrontá-los com personagens reais.
 Em sua primeira parte “Introdução”, este estudo mostra a influência de grandes nomes da Literatura Portuguesa, como Almeida Garrett e Alexandre Herculano, sobre a autora Natália Correia, e traça um paralelo entre o período do domínio filipino em Portugal, no séc. XVI e a ditadura salazarista, séc. XX.
 No capítulo “O cruzamento entre ficção e história” são apresentados os fatos e personagens reais que ajudaram a autora a compor a peça O Encoberto. No capítulo “A estrutura do texto” são apresentadas as três partes da obra e os recursos utilizados pela autora como as didascálias e a metalinguagem, o que faz lembrar a comédia paliata do séc. III a.C. No capítulo “A simbologia do discurso das personagens” a presença do coro como uma espécie de oráculo; a fala das personagens, principalmente as populares, estão
envoltas de toda uma simbologia de descontentamento e insatisfação e o uso de ambiguidades e ironias por parte da autora ao aproximar os discursos da realidade.
 Percebemos que Natália fala de um passado histórico de Portugal justamente para fazer uma crítica da ditadura salazarista, por isso fala sobre a tirania do domínio filipino, tendo em vista que a peça foi escrita em 1969.

Confiram: http://www.ucp.br/html/joomlaBR/images/VOL3_VERNACULUM/ERATO/o%20encoberto%20-%20jorge%20magalhes.pdf

sábado, 17 de setembro de 2011

RESENHA DE BIA MACHADO PARA A ANTOLOGIA "SOLARIUM 2"


Nesta resenha, Bia Machado fala a respeito dos contos da Antologia Solarium 2 e elogia meu conto "Manuscrito de viagem": Confiram:

 Uma verdadeira viagem por bons textos do gênero.

 Os livros de ficção científica sempre foram tratados como sendo pertencentes a uma literatura dita "inferior". Muitas vezes sequer se aceita ficção científica como literatura. Se é isso mesmo ou não, deixo para os teóricos literários discutirem até a exaustão, se quiserem. Uma história bem escrita, seja ela de ficção ou não, merece ser lida e apreciada, pertença a qual gênero pertencer.
 Eu já resenhei o volume 1 da Antologia Solarium e, se na época a coletânea me causou uma ótima impressão e garantiu momentos ótimos de leitura, agora que terminei de ler Solarium2 a impressão que eu tenho é que a qualidade está ainda maior no segundo volume.
Muita gente não lê ficção científica porque tem a ideia de que os livros desse gênero tratam apenas de E.T.s e guerras espaciais. Quem acha isso está precisando rever seus conceitos. A todo o momento em nossas vidas esbarramos com coisas e temas que seriam totalmente aproveitados para uma história de ficção científica: a medicina cada vez mais avançada, as mudanças climáticas, a superpopulação mundial... tudo isso pode ser tema de uma história de ficção científica. E não somente isso.
 O que as pessoas esquecem também é que muitas vezes a FC é relacionada a outro gênero, seja na literatura ou no cinema. Dessa forma, temos ótimas histórias de ficção científica + suspense ("Coma", de Robin Cook), FC + terror (Alien, o 8º passageiro), ficção científica + policial (Minority Report, tanto o filme quanto o conto em que ele foi inspirado) e tantos outros exemplos que poderia citar aqui.
 Por isso vejo Solarium como uma experiência que está dando muito certo. Solarium1 trouxe histórias muito interessantes e Solarium2, agora, não fica nem um momento atrás, em qualidade e originalidade. Em Solarium2 há um diferencial em relação ao primeiro que são as ilustrações, uma para cada conto.
 A relação conto/autor pode ser conferida em http://sites.google.com/site/biamachadoescreve/home/solarium2, mas desde já teço alguns comentários sobre os textos de que mais gostei:
 Beta Teste (Rubem Cabral): um engenhoso texto que mistura ficção científica e dramas pessoais, um embate entre o que é e o que não é realidade. Tem um bom clima de suspense e deixa a gente a pensar, que é bem provável que o que é relatado no conto já não esteja, de alguma forma, acontecendo, devido à mudança de nossos hábitos e de nossos próprios valores... Será que um dia não saberemos mais diferenciar entre o que é real e o que é virtual?
 Entre o céu e a Terra[/b] (Jota Fox e Misael Archanjo): Uma história com muita ação, escrita pelo meu amigo Jota Fox, em parceria com Misael Archanjo, uma parceria de longa data já, que mostra ótimos frutos, como esse conto. Ao lê-lo, me senti dentro de um filme de cenas muito ágeis. Renderia um livro esse conto, com certeza! Ah, também é o Jota Fox quem assina as ótimas ilustrações do livro.
 Roswell (Humberto Amaral): Não sei nem o que dizer sobre o conto do Humberto... Só posso falar que ri muito com ele! O HUmberto tem uma capacidade extraordinária de escrever as ideias (que parecem) mais loucas, misturando com FC e criando histórias muito, muito legais. Eu me peguei gargalhando durante a leitura do conto, imaginando aquela situação toda...
 Memórias (Frank Bacurau): conto sobre descobertas científicas na medicina, em especial trata sobre o Mal de Alzheimer e um certo pesquisador que ficou em apuros por causa disso.
 O lado oculto da lua (Frodo Oliveira): Os contos do Frodo são assim: você pode ler do jeito que for, tentar durante a leitura se preparar para o que vai acontecer no final, mas mesmo assim, o final é sempre surpreendente.
 Aconteceu num dia quente de verão(Luiz Mendes Jr.): Eu lembrei do livro "Blecaute" do Paiva, quando comecei a ler. Não, não é plágio nenhum, pois Mendes Jr. tomou rumos totalmente diferentes e o final também foi surpreendente. O conto tem um ritmo de suspense crescente muito bom.
 Manuscrito de viagem (Jorge Eduardo Magalhães): O conto trata de viagem no tempo, mas não com máquinas preparadas para tal, mas sim de outra forma. Um conto com dramas pessoais e uma ideia muito interessante. Só achei que merecia um final um pouquinho diferente. Mas isso é coisa de leitor: muitas vezes nós, leitores, gostaríamos que o final fosse do nosso jeito, mas não posso tirar mérito nenhum do conto por causa disso. Para mim o Magalhães fez um bom trabalho.
 O conto "Brincando de Deus", que assino nessa antologia, trata de questões médicas no século XXIII, ao mesmo tempo em que relata um drama vivido pela personagem principal, que se vê obrigado a fazer escolhas que determinarão o destino de sua própria ex-esposa, sua vida ou sua morte. Na história, em 2292 o ser humano ainda não terá desvendado todos os segredos do funcionamento de seu próprio corpo, além de ainda não saber lidar com as emoções.
(Bia Machado)
Fonte: www.skoob.com.br/livro/resenhas/66564

sábado, 3 de setembro de 2011

MEU LIVRO "FAMÍLIA DE SOMBRAS" À VENDA EM NOVO LINK


Meu livro de contos Família de sombras agora também está disponível no link da Bertrand Livreiros, de Portugal. Mas, vale lembrar que, junto com outras obras minhas, está também à venda na Livraria Museu da República. O link da Bertrand Livreiros é: http://www.bertrand.pt/ficha/familia-de-sombras?id=10902821

Atenciosamente
Jorge Eduardo Magalhães

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

MEUS LIVROS NA LIVRARIA MUSEU DA REPÚBLICA


Agora os meus livros Coração venal, Vagando na noite perdida (Romance), O manto negro na escuridão e Família de sombras (Contos), estão disponíveis para venda na Livraria Museu da República, que fica na Rua do Catete, 153 (Em frente à estação do Catete). Além de meus livros serem interessantes, o lugar é muito agradável para passar uma tarde e sempre tem eventos culturais. Vale a pena conferir.

"PROGRAMA BEM CASADOS" EM NOVO HORÁRIO E EMISSORA


Nosso programa BEM CASADOS, estreia NA RÁDIO FLUMINENSE, 540AM, dia 22 de agosto, às 10 horas da manhã. Muitas novidades para quem quer saber tudo sobre como organizar seu casamento, festa de 15 anos, Bodas, e muito mais. Ouça também pela INTERNET em tempo real. A nossa rádio-novela tamb ém continua, mande seu relato de como você coheceu seu grande amor que eu faço a adaptação para nossos rádio-atores gravarem e sua história ser exibida em nosso programa. programabemcasados@gmail.com

domingo, 31 de julho de 2011

MATÉRIA NO "GLOBO ZONA NORTE"


Saiu em "O Globo Zona Norte" deste dia 31 de julho, uma matéria sobre o meu trabalho como romancista, contista e autor teatral e também sobre o lançamento do meu livro de contos Família de sombras no próximo dia 13 de agosto, a partir das 17:00h, na Livraria Museu da República que fica na Rua do Catete, 153, no Museu da República (em frente à estação do metrô). Este livro foi lançado inicialmente em Portugal, e agora está sendo lançado no Brasil.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

MEU LIVRO "FAMÍLIA DE SOMBRAS" NA 8ª FEIRA DO LIVRO DE SESIMBRA - PORTUGAL


Do dia 22 de julho ao dia 15 de agosto, o meu livro Família de sombras estará na 8ª Feira do Livro do de Sesimbra, em Portugal. A Editora Lua de Marfim foi convidada pela prefeitura da cidade para participar desse evento  meu livro faz parte de seu acervo. O evento ocorrerá na Praça da Califórnia. Compareçam para apreciar a coleção literária da editora.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

LANÇAMENTO NO BRASIL DO MEU LIVRO DE CONTOS "FAMÍLIA DE SOMBRAS"


No próximo dia 13 de agosto, sábado, a partir das 17:00h, será o lançamento no Brasil na Livraria Museu da República, do meu livro de contos Família de sombras, publicado pela Editora Lua de Marfim, de Portugal. São quarenta e seis histórias, num registo sorumbático e irônico, que mostram a sociedade atual e as suas relações interpessoais pelo seu lado mais sombrio. A Livraria Museu da República fica na Rua do Catete, 153, em frente à estação do metrô do Catete.
Conto com a presença de todos.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

MINHA ESTREIA NA RÁDIO BANDEIRANTES

Hj foi minha estreia como roteirista do rádio-teatro do Programa Bem Casados que é um programa q fala de relacionamentos e dicas para noivos e noivas. O programa vai ao ar de segunda a sexta e todas as sextas serão apresentadas as histórias enviadas pelos ouvintes e adaptadas por mim. Nesta segunda, dia 4 de junho, estarei no quadro "Profissões" onde falarei da jornada de um professor. O programa é apresentado na Rádio Bandeirantes 1360 AM, a partir das 14:00h. Mandem também um e-mail contando como vc conheceu seu marido ou sua esposa pelo e-mail programabemcasados@gmail.com . Liguem tb pelo tel. 2452-7306.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

JORGE EDUARDO ESTREIA COMO AUTOR DE RÁDIO-TEATRO


Todas às sextas-feiras a partir de julho estarão no ar no Programa Bem Casados, na Rádio Band AM, representados por atores, textos de rádio-teatro, adaptados por mim, baseados nas cartas enviadas pelos ouvintes onde contam como conheceram seus respectivos pares. São pequenas histórias interessantes, engraçadas e emocionantes. As histórias são apresentadas somente nas sextas, mas o programa, comandado por Túlio de Pinho,  vai ao ar de de segunda a sexta-feira, das 14:00h às 15:00h  na Rádio BAND 1360 AM. Tem muita informação sobre como organização do cerimonial de casamento, assessoria para noivos, dicas sobre lua de mel, viagens, seu direito, estética e beleza, dia da noiva, músicas de casamento e muitos premios para quem participar pelo telefone 2452-7306 ou pelo e-mail: programabemcasados@gmail.com.

Participem também do programa.

sábado, 28 de maio de 2011

MEU LIVRO "O MANTO NEGRO NA ESCURIDÃO" À VENDA NO LINK DA EDITORA

Caros amigos,
Agora todos podem adquirir meu livro de contos O manto negro na escuridão pelo link da Editora Multifoco. O livro é composto por cinco contos que falam  sobre satanismo, loucura, devaneio, entre outros assuntos.
Os interessados podem adquirir o livro através do link:
http://www.editoramultifoco.com.br/literatura-loja-detalhe.php?idLivro=462&idProduto=477
Vale a pena conferir.

terça-feira, 17 de maio de 2011

LANÇAMENTO DO MEU LIVRO DE CONTOS "O MANTO NEGRO NA ESCURIDÃO


No próximo dia 27 de maio, a partir das 19:00h, estarei lançando, no Espaço Multifoco, o meu livro O manto negro na escuridão. São cinco contos macabros que falam sobre satanismo, assassinato, loucura, devaneio, vampirismo, entre outros temas.
O Espaço Multifoco fica na Av. Mem de Sá, 126 - Lapa.
Conto com a presença de todos.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

"O CASAMENTO DE JACÓ" NO TEATRO PRINCESA ISABEL


No próximo dia 14 de junho, às 20:00h, no Teatro Princesa Isabel, será apresentada minha peça "O casamento de Jacó", dirigida por Zaira Zambelli. Livremente inspirada na obra de Bertold Brecht, a peça aborda uma festa de casamento e as confusões provocadas por padrinhos, amigos e familiares.
O Teatro Princesa Isabel fica na Av. Princesa Isabel, 186 - Copacabana. Vale a pena conferir.
 
Classificação etária: 10 anos.
Preço: R$ 20,00

sexta-feira, 15 de abril de 2011

MEU LIVRO DE CONTOS "FAMÍLIA DE SOMBRAS" É PUBLICADO POR EDITORA PORTUGUESA

 Finalmente saiu pela editora Lua de Marfim, de Portugal, meu livro de contos Família de sombras. São quarenta e seis histórias, num registo sorumbático e irônico, que mostram a sociedade atual e as suas relações interpessoais pelo seu lado mais sombrio. Vcs podem adquirir pelo link:
http://www.wook.pt/product/facets?palavras=jorge+eduardo+magalh%C3%A3es

quarta-feira, 13 de abril de 2011

"A COBERTURA" EM CARTAZ NO TEATRO PRINCESA ISABEL



 No próximo dia 31 de maio, às 20:00h, será apresentada no Teatro Princesa Isabel a minha peça A cobertura, dirigida por Zaira Zambelli e Madjer Geanini.
 A peça retrata a frustração e a decadência financeira e humana de uma forma cruel, mas ao mesmo tempo com traços de humor. A trama é toda ambientada numa espaçosa cobertura na Zona Sul do Rio de Janeiro , com vista para o mar e com aspecto visivelmente decadente. A família, que já perdeu toda a fortuna e não tem como se manter na cobertura, vive de aparências e de passado. Embora a decadência e a falência sejam claramente visíveis, os Madeira Ortiz vivem num mundo irreal como se ainda vivessem uma vida de glamour, presos a um passado onde ainda eram ricos.
 O Teatro Princesa Isabel fica na Av. Princesa Isabel, 186 - Copacabana. Tel.: 2275-3346.

Classificação Etária: 10 anos.
Valor: R$ 20,00
Conto com a presença de todos.

domingo, 10 de abril de 2011

AGORA SOU MESTRE EM LITERATURA

 No último dia 28 de março, defendi minha dissertação intitulada Camões: uma personagem teatral (Um estudo sobre Luís de Camões como personagem teatral nas peças Frei Luís de Sousa, Que farei com este livro e Tu só, tu, puro amor)
  Meu trabalho é um estudo sobre sobre o poeta Luís de Camões como personagem teatral em três obras: Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett; Que farei com este livro, de José Saramago e Tu, só tu, puro amor..., de Machado de Assis.
 Em Frei Luís de Sousa foi abordado o Camões mítico, pois quando se passa a história, durante o período filipino, este já está morto, só é lembrado através de Telmo. É o símbolo da pátria.
 No capítulo “Camões: uma personagem do imaginário popular”, foi apresentado o Camões como personagem de Literatura de Cordel, sendo feita uma breve comparação com outras personagens como João Grilo.
 Em Que farei com este livro? foi estudado um Camões totalmente desiludido com a pátria na tentativa de publicar Os Lusíadas.
 Em Tu só, tu, puro amor..., foi visto um Camões romântico sofrendo de amores por uma dama da corte
Em cada uma das obras, foi estudado os aspectos da abordagem do poeta português de acordo com o contexto de época de seus respectivos autores.







terça-feira, 5 de abril de 2011

A GOTA


Terrível junta gotosa,
Que dor na articulação,
Inchaço e vermelhidão,
Uma vida dolorosa.

Angústia silenciosa,
Que velada escravidão,
Verdadeira privação,
De iguarias saborosas.

Espero, em vão, um sinal,
Sem uma data, nem horário,
Algo que cure o meu mal,

Voltarei a ser hilário,
Conseguindo, afinal
Acabar com meu calvário.
(Jorge Eduardo Magalhães)

domingo, 3 de abril de 2011

ESQUETE 4 - OS ASSALTANTES

ASSALTANTE 1 – Pô amigo eu tô numa pior.


ASSALTANTE 2 - O que aconteceu meu camarada?

ASSALTANTE 1 – A minha mãe tá muito doente, e o pior... é que eu não tenho dinheiro pra comprar os remédios dela.

ASSALTANTE 2 – Que chato cara!

ASSALTANTE 1 – Já vai fazer um ano que eu tô desempregado.

ASSALTANTE 2 – Fica calmo, meu camarada, você é meu irmãozinho e sabe que pode sempre contar comigo! Eu tô aqui pra te ajudar!

ASSALTANTE 1 – É mesmo! Você vai me emprestar um dinheiro?

ASSALTANTE 2 – Não, melhor.

ASSALTANTE 1 – Já sei! Você vai me arranjar um emprego?

ASSALTANTE 2 – Melhor ainda.

ASSALTANTE 1 – Melhor? Então não faço a mínima idéia. (O Assaltante 2 lhe mostra uma arma)

ASSALTANTE 2– Isso.

ASSALTANTE 1 (Assustado) – Cuidado com isso aí. Pode disparar e ferir alguém!

ASSALTANTE 2 – Deixa de ser burro, a arma só dispara se alguém apertar o gatilho.

ASSALTANTE 1 – Mas o que essa arma vai poder me ajudar?

ASSALTANTE 2 – Nós vamos fazer uns ganhos por aí.

ASSALTANTE 1 – Ganho? Como assim?

ASSALTANTE 2 (Impaciente) – Assalto, sabe o que é isso? Pois é, vamos assaltar uns otários que dão mole por aí!

ASSALTANTE 1 – Mas isso é muito perigoso, além do mais não quero atirar em ninguém.

ASSALTANTE 2 – E quem disse que você precisa atirar? É só apontar a arma pros otários que eles entregam tudo o que têm.

ASSALTANTE 1 – Pôxa! Por que você não avisou? É fácil assim?

ASSALTANTE 2 – E como. É muito mais fácil do que você imagina.

ASSALTANTE 1 – Se é fácil assim, então tudo bem.

ASSALTANTE 2 – Ótimo, então vamos começar. Tá vendo aquele otário que tá vindo lá? Pois é, encosta a arma na cabeça dele e toma tudo dele. Vai lá que eu te dou cobertura.

ASSALTANTE 1 – E por que você não encosta a arma na cabeça dele enquanto eu te dou cobertura?

ASSALTANTE 2 (Irritado) – Por que a arma é minha, o plano é meu e eu tenho mais experiência e por isso fecha essa boca e toma tudo daquele otário!

ASSALTANTE 1 - Tudo bem, desculpa. (O Assaltante 2 fica escondido enquanto o outro rende o homem) Mãos pro alto, me passa tudo que você tem!

HOMEM (Nervoso) – Não, por favor!

ASSALTANTE 1 – Cala essa boca e passa toda a sua grana!

HOMEM (humildemente) – Por favor moço, eu sou casado e tenho dezessete filhos, todo o salário que eu recebo é pra comprar remédio pro meu filho mais velho que tem leucemia!.

ASSALTANTE 1 (Comovido) – Não diga!

HOMEM – Pro meu filho do meio que está com meningite!

ASSALTANTE 1 (Ainda mais comovido) – Não diga!

HOMEM (Apelativo) – Meu filho caçula que sofre de glaucoma e está perdendo a visão!

ASSALTANTE 1 (Ainda mais comovido) – Não diga!

HOMEM – E ainda por cima, a minha mulher...  (O Assaltante 1 abaixa a arma e começa a chorar)

ASSLATANTE 1 (Em prantos) – Pare, pare! Eu não agüento mais tanto sofrimento! (Pega um trocado no bolso) Toma esse dinheirinho, é o único que eu tenho! Sabe, eu também tenho a minha mãezinha que está doente, mas o seu problema é muito mais grave. Vai com Deus!

HOMEM (Aliviado) – Deus lhe pague. (Sai)

ASSALTANTE 2 – Você está maluco?

ASSALTANTE 1 (Orgulhoso) – Você viu a boa ação que acabei de fazer? Acabei de ajudar aquele pobre coitado.

ASSALTANTE 2 (Irritado) – Que boa ação que nada, aquele cara ali é cheio da grana, anda mal vestido daquele jeito pra não chamar atenção, eu levantei toda a ficha dele!

ASSALTANTE 1 – Poxa, por que você não avisou?

ASSALTANTE 2 – Tudo bem, deixa pra lá! Tá vendo aquela velhinha ali? Faz um ganho nela.

(Fica escondido e o Assaltante 1 aponta a arma para a Velhinha que anda com um enorme guarda-chuva)

ASSALTANTE 1 – Passa toda a grana!

VELHINHA – Seu desgraçado, vagabundo, vai trabalhar! (Enquanto xinga lhe dá guarda-chuvadas)

ASSALTANTE 1 - Pera aí senhora, desculpa! (Continua apanhando) Socorro! Polícia!

VELHINHA – Cala essa sua boca, miserável (O Assaltante sai correndo e se esconde) Essa cidade está cada vez pior! (Sai e o Assaltante 2 )

ASSALTANTE 1 (Escondido) – Ela já foi embora?

ASSALTANTE 2 – Já, pode ser covardão! (O Assaltante 1 sai) Que vergonha! Apanhando de uma velhinha! Quando for assaltar alguém, seja lá quem for, deve tá sempre preparado pra pessoa reagir!

ASSALTANTE 1 – Pôxa! Por que você não me avisou?

ASSALTANTE 2 (Histérico) – Cale-se! Cale-se! Você é um idiota!

ASSALTANTE 1 (Sentido) – Pô cara, assim você me deixa magoado!

ASSALTANTE 2 – Tudo bem, deixa pra lá! Agora eu que vou apontar a arma pra vítima e você me dá cobertura. Vem uma patricinha ali, parece ter dinheiro, se esconde que eu vou fazer a limpa nela! Pode deixar . (O Assaltante 1 se esconde e o 2 está preparado para dar o bote)

ASSALTANTE 1 (À parte) – Pôxa isso não é justo, eu é que tô precisando do dinheiro e o meu amigo fazer tudo sozinho, vou pegar a arma da mão dele, assaltar a garota e provar pro meu amigo que eu não sou um idiota. (O Assaltante 2 rende a jovem)

ASSALTANTE 2 (Agressivo) – Mãos pro alto, sua vaca! Passa tudo!

ASSALTANTE 1 (À parte) – É agora!

(Pula em cima do Assaltante 2 para lhe tomar a arma que dispara e acerta o pé do Assaltante 2)

ASSALTANTE 2 - Ai meu pé! Seu idiota! Olha o que você fez! (Fica arriado no chão gemendo de dor enquanto que o assaltante1 fica em estado de choque) Ai! Ai! Ai meu pé!

MOÇA – Você me salvou desse marginal!

ASSALTANTE 1(Estático) – Eu?

MOÇA – É, você! (Suspirando) Meu herói!

ASSALTANTE 1 - Eu sou seu herói?

MOÇA – Claro que é, além do mais, o meu pai é muito rico e costuma ser generoso com aqueles que me protegem. (Oferecida) E eu também...sabe que você é bem simpático? Vamos bater um papo?

ASSALTANTE 1 – E ele?

MOÇA (Com desprezo) – Deixa esse pobre coitado aí! Ele não é nada! Ele é digno de pena!

ASSALTANTE 1 – Pôxa! Por que você não me avisou?

MOÇA – Agora vamos logo gatinho. (saem)

ASSALTANTE 2 - Desgraçado! Traidor!

(Jorge Eduardo Magalhães)

MARCHA DO MANUEL CARLOS


Com ele é sempre o mesmo esquema,
Todas as musas são Helenas,
Bossa Nova como som,
Tudo se passa no Leblon.

E a história se repete
Mais uma vez, doutor Moreti,
Uma historinha de amor,
E o Zé Mayer pegador.
(Jorge Eduardo Magalhães)

sábado, 2 de abril de 2011

SAIU A 2ª EDIÇÃO DO MEU LIVRO

Caros amigos
Finalmente saiu a 2ª edição do meu romance Vagando na noite perdida. O livro é todo narrado em primeira pessoa. Após matar sua jovem amante, num quarto barato de hospedagem, o narrador-personagem sai vagando pela noite do Centro do Rio onde se depara com as figuras mais estranhas e bizarras. Durante sua caminhada sem rumo, vai recordando toda a sua vida marcada de desilusões, vícios e solidão. Os interessados podem adquirir pelo pelo link:
Vcs não irão se arrepender.

domingo, 27 de março de 2011

ESQUETE 3 - A LANCHONETE DO JACÓ

(Rapaz vai se declarar para a menina. Entram na lanchonete com a tabuleta escrito “Lanchonete do Jacó” e um quadro com os sanduíches e seus respectivos preços. Sentam-se à mesa.)

MENINA (Olhando ao entorno) – Vamos ficar aqui?
RAPAZ – Desculpa, eu sei que você merece um lugar melhor, mas você sabe que comecei a trabalhar há pouco tempo e a grana ainda tá curta. Você entende, não é?

MENINA – Tudo bem, só falei por falar.

RAPAZ – Mas estou disposto a pedir o melhor que a casa oferecer.

MENINA (Derretida) – Ah, obrigada!

RAPAZ - Vou fazer o pedido. Ô Jacó! (Jacó entra.)

JACÓ – Pronto.

RAPAZ – O que você tem de melhor na casa?

JACÓ – Eu tenho um X-Tudo especial.

RAPAZ – Está bom pra você querida?

MENINA – Por mim está ótimo. Traz uma Coca-cola pra eu beber.

RAPAZ – Então traga duas Cocas e dois X-Tudos especiais.

JACÓ – É pra já. (Sai)

MENINA (Derretida) – Mas o que você queria mesmo falar comigo?

RAPAZ – Bem, é que há muito tempo... (Jacó entra)

JACÓ – Com licença, desculpem é que não vai ser possível fazer o X-Tudo porque acabou a batata-palha. E X-Tudo especial leva batata-palha. E a Coca-cola também acabou.

RAPAZ – Tudo bem, então traga um X-Eggburguer e dois guaranás. Está bom pra você querida?

MENINA – Claro, está ótimo.

JACÓ – É pra já! (Sai)

RAPAZ – Bem, continuando: é que há muito tempo eu venho te... (Jacó entra em cena.)

JACÓ – Com licença. Desculpa interromper novamente, é porque não tem ovo e não vai ser possível fazer o X-Eggburguer. (pausa) Ah, e o Guaraná acabou.

RAPAZ – Não tem problema. Me traz então dois X-Bacons. Ah e duas Fantas. Está bom pra você querida?

MENINA (Impaciente) – Está ótimo.

JACÓ – É pra já. (sai)

MENINA (Irritada) – O que você tem pra me falar?

RAPAZ – Bem, é que há muito tempo eu venho te observando e... (Jacó entra.)

JACÓ – Com licença.

RAPAZ- O que foi agora Jacó?

JACÓ – Sabe o que é? É porque não vai ser possível fazer o X-Bacon.

RAPAZ E MENINA – Por quê?

JACÓ (Sem jeito) – Porque o Bacon acabou. Ah e a fanta também está em falta.

RAPAZ (Irritado) – Então me traz dois X-burguers. E duas sodas.

JACÓ – É pra já. (sai)

MENINA (Irritada) – Fala logo o que você tem pra falar!

RAPAZ – Bem, é há muito tempo que eu venho te observando e percebi que você... (Jacó entra)

JACÓ – Com licença.

RAPAZ – O que foi agora Jacó?

JACÓ – É que não vai ser possível fazer o X-Burguer.

MENINA – Já sei, não tem queijo.

JACÓ (Sem graça) – Pois é.

RAPAZ – Então faz o seguinte. Traz dois hamburguers simples e os refrigerantes que você tiver.

JACÓ – Esse é o problema.

MENINA – Ué, por quê?

JACÓ – Por que não tenho pão de hamburguer, nem carne etc. Ah e estou sem refrigerante nenhum.

RAPAZ (Irritado) – Então me diga o que você tem.

JACÓ – Pra comer só cachorro quente.

MENINA – Então me traz um cachorro quente com lingüiça.

JACÓ – Somente que não tem lingüiça. Cachorro quente só de salsicha de frango.

MENINA (Torcendo o nariz) – Salsicha de frango?

RAPAZ – Tudo bem, e pra beber?

JACÓ – Só tenho morango ao leite.

RAPAZ – Pode ser, traz dois cachorros quentes e dois morangos ao leite.

JACÓ – É pra já. (sai. A menina está visivelmente irritada.)

RAPAZ – Como eu estava dizendo, há muito tempo eu venho te observando e percebi que você é a mulher da minha...

JACÓ – Com licença. Desculpe incomodar, é que...

RAPAZ E MENINA – O que é que não tem agora Jacó?

JACÓ (Sem jeito) – É que não tem leite. Com licença (Sai)

MENINA (levantando-se) – Pra mim chega, vê se escolhe um lugar melhor pra levar as meninas. (sai)

RAPAZ – Querida, espera um instante, volta aqui! (Jacó entra)

JACÓ – Com licença.

RAPAZ – Está vendo o que você fez Jacó. Aqui é uma espelunca, não tem nada!

JACÓ – É isso que eu queria te dizer. Acabei de encontrar tudo o que eu achava que não tinha. Estava no fundo do freezer. O que você vai querer?

RAPAZ – Desgraçado! Você vai ver só o que eu vou fazer! (Derruba a mesa, as cadeiras e a tabuleta)

(Jorge Eduardo Magalhães)

sexta-feira, 25 de março de 2011

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carosa amigos,
Se querem debater literatura, teatro e cultura, sigam-me no meu twitter: @jedumagalhaes.
Conto com a presença de vocês.

domingo, 13 de março de 2011

SONETO DO AUXÍLIO-RECLUSÃO



Falo com indignação,
De uma terrível sacanagem,
O prêmio dado à bandidagem,
Chamado auxílio-reclusão.

Mais quanta valorização,
Da sórdida vagabundagem,
Classe com muito mais vantagem,
Em sua remuneração.

O cidadão honesto pensa,
Eles têm muito mais direitos,
Vê que o crime sempre compensa,

Para isso serve o meu dinheiro,
Para pagar a recompensa,
Ao vagabundo e ao desordeiro.

(Jorge Eduardo Magalhães)

ESQUETE 2 - FIM DE SEMANA NA PRAIA

(Casal entra no quarto da pousada guiados pela gerente.)

MARIDO – É aqui?

ESPOSA – A Izildinha disse que a pousada era rústica, mas isso aqui está me parecendo uma espelunca.

GERENTE – Ah sim, é porque estamos passando por pequenas reformas.

ESPOSA – Pequenas... isso aqui vai ter muito o que reformar, a Izildinha me paga!

MARIDO (Cutucando a esposa) – Querida! (Para a gerente) Muito obrigado, qualquer coisa chamamos a senhora.

GERENTE – Qualquer coisa estou às ordens. (Estende a mão para pedir gorjeta, fica parada por alguns instantes. O marido somente lhe dá um aperto de mão.)

MARIDO – Obrigado.

GERENTE (Irritada) – Avareza é pecado. (Sai resmungando)

ESPOSA (Irritada) – A Izildinha é mesmo uma ordinária! Ela me paga!

MARIDO – Que é isso querida? De repente ela se enganou.

ESPOSA – Como você é ingênuo! Ela fez isso pra zombar de mim, ela sempre competiu comigo, desde os tempos de colégio. Vivia dando em cima de você, lembra? Bem que eu te disse que a gente não podia confiar naquela mulherzinha! Agora estamos nesta espelunca e ainda por cima está caindo o maior temporal lá fora!

MARIDO – Relaxa querida, vamos aproveitar o nosso fim de semana da melhor forma possível, afinal conseguimos deixar as crianças com a tua mãe pra darmos um passeio. Tudo bem que está chovendo, que este lugar é um fim de mundo e que a pousada é horrível, mas vamos tentar nos divertir. Aliás um banho de mar com chuva é muito gostoso, a água fica quentinha.

ESPOSA – Tem razão, só espero que não aconteça mais nada. (Falta luz)

MARIDO – Droga, faltou luz.

ESPOSA – Não é possível, a gente cansa de trabalhar debaixo de um dia lindo e quando temos uma folguinha, acontece tudo isso!

MARIDO – Calma querida, vamos chamar a gerente pra ver o que está acontecendo e depois vamos pegar nossos guarda-chuvas e dar um passeio na praia. (Batem na porta, o marido abre a porta. É a gerente.) Puxa, precisava mesmo falar com a senhora. A senhora tem previsão de quando a luz vai voltar?

GERENTE – Daqui a uns três dias?

ESPOSA – O quê?

GERENTE – A Light demora muito a vir aqui, principalmente porque tivemos alguns probleminhas.

MARIDO – Calma querida, então vamos dar um passeio na praia.

GERENTE – Só não entrem na água.

ESPOSA – Ué! Por quê?

GERENTE – Por isso que eu vim aqui, estamos avisando a todos os hóspedes. Estourou o emissário submarino e a praia está imprópria pro banho.

MARIDO – Mas no Rio também tem muitas praias impróprias pro banho.

GERENTE – Quando vocês verem o estado da água, rapidinho vão desistir de entrar.

ESPOSA – Como assim?

GERENTE – Vocês conhecem a praia de Ramos lá no Rio? (Os dois fazem que sim com a cabeça.) Pois é, a água da praia de Ramos perto dessa aqui é cristalina.

ESPOSA – Ai meu Deus!

GERENTE – Com licença. Qualquer coisa é só me chamar.

MARIDO – A senhora nos traz uma porção de camarão? Me disseram que o camarão daqui é uma delícia. (A gerente faz que sim com a cabeça e sai) Agora só nos resta curtir momentos a sós aqui no quarto sem as crianças por perto. Coloca aquela roupinha especial que você trouxe.

ESPOSA (Empolgada) É pra já. Já volto! (Vai ao banheiro, demora uns instantes e solta um grito)

MARIDO – O que foi querida?

ESPOSA – Querido, aconteceu uma tragédia, uma desgraça! A minha menstruação veio!

MARIDO – Mas você não disse que viria só na semana que vem?

ESPOSA – Pois é, mas veio antes!

MARIDO (abraça a esposa) – Calma querida, calma. (Batem na porta. O marido atende, é a gerente com a porção de camarão) Muito obrigado. (A esposa começa a dar tapa no corpo e no ar)

ESPOSA – Isso aqui está cheio de mosquitos.

GERENTE – Aqui quando chove e falta luz é assim mesmo.

MARIDO – O pior é que a gente não trouxe repelente!

ESPOSA – Querido, vamos embora?

GERENTE – Isso não vai ser possível. Caiu uma barreira na estrada. Eles vão esperar melhorar o tempo pra removerem. Com licença (Sai)

ESPOSA (Abraçando o marido) – Não é possível!

MARIDO – Querida, relaxa . vamos comer o camarão, parece estar uma delícia. (Começa a comer) Está muito gostoso. Experimenta querida.

ESPOSA – Estou sem fome.

MARIDO – Que pena, está uma delícia. (Come o camarão e coloca a mão na barriga) Acho que está me dando dor de barriga! Ai não vai dar tempo. (Corre para o banheiro. Batem na porta, a esposa atende. É a gerente)

ESPOSA – Pois não.

GERENTE – Só vim avisar que devido ao mau tempo, tivemos um problema hidráulico, por isso estamos pedindo aos hóspedes que não usem o vaso sanitário, qualquer coisa vão no banheiro coletivo. Mesmo porque estamos isolados e não conseguimos comprar material de limpeza para limpar o banheiro e os vasos sanitários.

ESPOSA – Ah não! (Começa a chorar e abraça a gerente.)

GERENTE – Calma, calma, passou. Aliás, que mau cheiro é esse?

(A esposa cai em prantos)


(Jorge Eduardo Magalhães)

terça-feira, 8 de março de 2011

JORGE EDUARDO EM BREVE LANÇARÁ LIVRO EM EDITORA PORTUGUESA

Ainda neste semestre, publicarei na Editora Lua de Marfim, de Portugal, meu livro Família de sombras que reúne pequenos contos que falam de perda, autoengano e desilusão. Assim que estiver disponível, colocarei o endereço do site para quem quiser adquirir o livro.

DÉBORA REIS - BANDA PARAQUEDAS


Eu vou falar só desta vez,
De um programa que causa risos,
Que se chama "É tudo improviso",
Vocês não conheçam talvez.

Confesso para vocês,
São talentosos artistas,
O que mais gosto é a vocalista,
Chamada Débora Reis.

Uma voz muito formosa,
Canta na Banda Paraquedas
E a plateia não sossega,
Muito linda e talentosa.

(Jorge Eduardo Magalhães)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

ESQUETE 1 - O MÉDICO E A MONA


(O médico está no consultório)

MÉDICO – O próximo, por favor. (Entra uma bichona aparentemente deprimida)

MÉDICO – Pode sentar. (Senta-se) O que houve?

HOMOSSEXUAL (Chorando) – Ai doutor eu estou sofrendo tanto! Tem dia que eu penso em cortar meus pulsos, ou então me jogar pela janela!

MÉDICO – Mas por quê?

HOMOSSEXUAL – Eu não suporto mais ser do jeito que eu sou!

MÉDICO – Como assim?

HOMOSSEXUAL – Eu não agüento mais ser gay. Isso é um martírio pra mim! Eu quero mesmo é casar, ter filhos!

MÉDICO – E por que não faz isso?

HOMOSSEXUAL (Em prantos) – Eu não consigo, eu acho um casal heterossexual bonito, mas eu não consigo gostar de mulher, ou melhor, (Histérico) eu tenho horror! (Cai em prantos)

MÉDICO – Calma, calma. Eu vou procurar te ajudar, mas pra isso você vai ter que me responder algumas perguntas.

HOMOSSEXUAL– Pois não, doutor. O senhor é um amorzinho!

MÉDICO – Algum trauma de infância?

HOMOSSEXUAL – Quando eu tinha meus quinze anos meu pai me chamou pra sair e me levou numa casa de mulheres. Quando eu vi onde eu estava comecei a suar frio, meu pai falou pra que eu escolhesse uma das meninas e eu escolhi qualquer uma. Nós fomos pro quarto e quando ela começou a me alisar eu vomitei em cima dela toda a dobradinha que eu tinha comido no almoço. Foi um horror, doutor! (Abre o berreiro)

MÉDICO – Mas você tem que superar esse trauma e procurar uma mulher que te dê carinho.

HOMOSSEXUAL – Mas doutor, recentemente eu sofri outro trauma.

MÉDICO – Como assim?

HOMOSSEXUAL – Eu sofri uma violência sexual! Ah doutor, foi um hor-ror!

MÉDICO – O quê? Pode me contar como aconteceu?

HOMOSSEXUAL – Ai, eu não gosto nem de lembrar! Eu estava na casa de uma amiga minha e fazia muito calor. Eu pedi para tomar um banho e ela perguntou se ela podia tomar banho comigo. Eu disse que sim, afinal da fruta que ela gosta eu como até o caroço. Tomamos banho juntos, quando eu vi ela estava me beijando, me agarrando. E o pior de tudo (Pausa) ela me violentou! Ai doutor foi Ter-rí-vel, fiquei uns três dias com febre!

MÉDICO – Então você admira as mulheres mas não consegue se relacionar com elas, não é isso?

HOMOSSEXUAL – Exatamente. Eu queria tanto ser uma pessoa normal, mas tenho pavor das mulheres, agora (pausa) quando eu vejo um garotão musculoso, (Suspira) eu fico louco. Principalmente aqueles tipo cafajeste. (Ofegante) Sabe doutor, eu a-do-ro ser humilhado na cama!

MÉDICO – Acho que você está com sorte. Tenho como curar seu problema.

HOMOSSEXUAL – Sério doutor?

MÉDICO – Seríssimno, tem uma paciente minha que vou atender depois de você, já deve estar na sala de espera. Tem o mesmo problema que você, somente que quer passar a gostar de homem.

HOMOSSEXUAL – Não entendi.

MÉDICO – Mas logo vai entender. (Levanta-se e vai até à porta do consultório) Teresão, pode entrar. (Teresão é uma sapatão que usa blusão e relógio cebolão)

TERESÃO – E aí doutor, que que o senhor manda.

MÉDICO – Eu vou lhe apresentar meu paciente.

TERESÃO – Tudo bem cara? (Aperta a mão da bicha com tanta força que ele grita e fica sacudindo a mão)

MÉDICO – Eu acho que tenho a solução para curar os dois ao mesmo tempo.

TERESÃO E HOMOSSEXUAL – Então fala doutor!

Médico – Os dois querem se interessar pelo sexo oposto e não conseguem. Então quem sabe vocês não se entendem? Afinal ele é um homem afeminado e você uma mulher masculinizada. Pois é, namorem e finja que ela é um homem e você é uma mulher.

HOMOSSEXUAL – Será que vai dar certo doutor?

MÉDICO – Não custa nada tentar.

TERESÃO – Gostei da idéia. (Para o homossexual) Vem cá minha gatinha, vem namorar com o papai aqui. (Tenta agarrar a bicha que se afasta)

TERESÃO – Não foge do papai não, minha gostosa. (Corre atrás da bicha)

HOMOSSEXUAL (Correndo desesperado) – Socorro! Alguém me ajuda!

(Teresão corre pelo palco atrás dele)

TERESÃO – Não faz charme minha gostosa. (Os dois saem de cena)

MÉDICO – Sejam felizes! (À parte) Nossa! O amor não é lindo?

(Jorge Eduardo Magalhães)

domingo, 20 de fevereiro de 2011

VERSÃO POLITICAMENTE CORRETA DE "IRENE NO CÉU", DE MANUEL BANDEIRA


Irene afro-descendente,
Irene boa gente
Irene sempre contente.
Imagino Irene entrando nas terras do Senhor,
- Sai da frente, branco opressor!
E São Pedro dono de uma imagem corporal alternativa
- Entra Irene, aqui você tem cota cativa.

(Jorge Eduardo Magalhães)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

CONTO DE JORGE EDUARDO PUBLICADO NA REVISTA DO CLUBE DOS ESCRITORES DE PIRACICABA



Mais um Natal que passou
 Desde que uma cartomante dissera que o grande amor de sua vida entraria pelo portão de sua casa numa véspera de Natal, ficava apreensiva todo ano quando se aproximava a data festiva. Mesmo tendo passado quase dez anos que a previsão havia sido feita nunca perdia a esperança e sempre mandava fazer um vestido novo para passar o dia vinte e quatro de dezembro
  Estava perto de completar quarenta anos e ainda morava na casa de seus pais, pois seu minguado salário de professora primária mal daria para pagar um quarto e fora que seus pais, já idosos, precisavam dela.
 Suas duas irmãs moravam com suas respectivas famílias no mesmo terreno e, além de cuidar dos pais, também auxiliava na criação dos sobrinhos.
 Todo ano, no mês de dezembro, gastava todo o seu décimo – terceiro salário com a preparação da ceia de Natal da família e com os presentes para os pais, irmãs, cunhados e sobrinhos e todos comemoravam a data montando uma farta mesa no quintal em comum.
 Apesar de toda a sua dedicação, de ter abdicado de sua própria vida em prol da família, sempre ouvia piadas por parte dos pais, irmãs e cunhados por ainda estar solteira e tais gracejos ficavam ainda mais cruéis nas festas de fim de ano, quando sempre exageravam um pouco mais na bebida.
 Mesmo sabendo dos infortúnios que ia passar e as coisas que teria que ouvir como nos anos anteriores, estava disposta a passar mais um Natal em família, pois tinha certeza absoluta de que a previsão da cartomante iria se concretizar e, como sempre, comprou toda a ceia, presente para todos e mandou fazer um vestido bem bonito com a melhor costureira do bairro.
 Ficou ainda mais entusiasmada quando ouviu um de seus cunhados comentar que na véspera de Natal receberia em sua casa um colega de trabalho. Tinha certeza, era esse colega de trabalho o grande amor da sua vida que a cartomante tinha falado. Como ele seria? Seria bonito? Suspirava só de pensar nele entrando pelo portão de sua casa e ficava horas e mais horas cantarolando imaginando o rosto do grande amor de sua vida que estava para chegar.
 Como nos Natais anteriores, todos beberam um pouco além da conta e fizeram as gozações de sempre. Alguém até chegou a lhe chamar de encalhada. Riu tentando fingir levar na brincadeira.
 A hora foi passando e nada do tal amigo chegar. Estava ansiosa e a cada instante olhava para o portão.
 Finalmente deu meia-noite e cessaram as piadas para receberem os presentes que ela havia comprado. Finalmente entrou o amigo portão adentro. Era gordo, careca, feio, usava uma camisa amarrotada e estava completamente embriagado, pois estava deprimido por ter brigado com a esposa. Foi apresentado a todos e na hora de cumprimentá-la vomitou em cima de seu vestido. Todos riram e alguém comentou que aquilo podia ser um sinal de sorte e, de repente, poderia até arranjar um marido.
 Sorriu sem jeito e saiu para tomar um banho. Quando se trancou no banheiro começou a chorar, mas rapidamente se recompôs, afinal não podia perder a esperança, tinha certeza de que no Natal do próximo ano tudo seria diferente.
                                      
                                                        (Jorge Eduardo Magalhães)








domingo, 13 de fevereiro de 2011

PATRÍCIA NO CNT JORNAL

Ver Patrícia no jornal da Salete
Toda vez me deixa maravilhado,
Trazendo as notícias do nosso estado,
Com sérias e importantes manchetes.

A Salete é sempre questionadora
Seu jornal tem muita seriedade,
E com a Patrícia nas reportagens,
Traz muitas notícias inovadoras.
(Jorge Eduardo Magalhães)



domingo, 30 de janeiro de 2011

SONETO DO PSEUDO-COMUNISTA


Muita gente que diz ser comunista,
Leva uma bela vida de burguês,
Come caviar com champagne francês,
Como um belíssimo capitalista.

Estes grandes pseudo-marxistas,
Também só bebem uísque escocês,
E se discordar deles uma vez,
Eles te chamam de nazi-fascistas.

Enaltecem Cuba com arrogância,
Endeusam o governo de Fidel,
Mas não largam o luxo e a elegância.

Sempre apoiam o regime cruel,
No fundo, de Cuba, querem distância,
E o ideal só fica no papel.

(Jorge Eduardo Magalhães)

sábado, 29 de janeiro de 2011

HAICAIS A P.H




I
A bela Patrícia,
  Faz meu peito palpitar,
Ao dar as notícias.

II
Ao ver a TV,
Adoro vê-la no jornal,
Da CNT.

III
Patrícia é divina,
Sua imagem na TV
Sempre me fascina.

IV
Bom vê-la na tela,
De todas as jornalistas,
És tu a mais bela.

V
Amo as reportagens,
Deusa sul-matogrossense
Linda a sua imagem.

VI
Não perco o jornal,
Para ver suas matérias,
Eu sou pontual.

VII
Pelas emissoras,
Acompanho sua carreira,
Muito promissora.

VIII
No Jornal Futura
E nos jornais por que passa,
Esbanja doçura.

IX
É gratificante,
Ver Patrícia no jornal.
É sempre brilhante.

X
É de emocionar,
Ver no jornal da Salete
Patrícia falar.

(Jorge Eduardo Magalhães)








                                                                  


HAICAIS



I
Ela diz me amar,
quando quer falar comigo,
Me liga a cobrar.

II
Ditado certeiro,
Quem gosta de homem é gay,
Mulher de dinheiro.

III
O funk é horrível
Dizem que o funk é cultura,
Que coisa terrível.

IV
Diz ser comunista,
Mas leva vida burguesa,
Bem capitalista.

(Jorge Eduardo Magalhães)

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

SONETO DA SAUDADE


Sinto muitas saudades de você,
Como era bom te ver todas as tardes,
Trazendo-me muita felicidade,
Como era delicioso te ver.

Eu nunca mais irei te esquecer,
Trazias para mim a claridade,
Anjo com muita luminosidade,
Preenchendo o vazio do meu ser.

Sinto uma sufocante nostalgia,
Sempre quando vejo outra em seu lugar,
Foi-se embora toda minha alegria,

Tristeza no meu peito a abafar,
No meu ser só resta a poesia,
Como uma forma de me consolar.

(Jorge Eduardo Magalhães)

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

SONETO DE DESPEDIDA


Um terrível sentimento na vida,
E que me causa muito sofrimento,
Quando chega o inevitável momento,
Da triste e dolorosa despedida.

Parece uma incômoda ferida,
Infeccionando em meu pensamento,
Incomodando-me a todo momento,
A tristeza em meu coração contida.

Foi como se fosse em meu peito um corte,
Quando não te vi lá na segunda,
Naquela hora, tive que ser forte,

Em prantos, para mim, foi como a morte,
Pois senti uma tristeza profunda,
Sofro, mas desejo-te boa sorte.

(Jorge Eduardo Magalhães)