Um misto entre a inocência e a malícia,
Como um sentimento híbrido fosse,
Recordações em meu "eu" você trouxe,
Pois lembrar de ti é uma delícia.
Fico imaginando as tuas carícias,
Realidade ou algo sonhou-se?
Assim como aquele molho agridoce,
Doce e amarga saudade vitalícia.
És o tempero do meu paladar,
Que alimenta a alegria de viver,
E fomenta todo este degustar,
Preparo doce e amargo do meu ser,
Trazendo um equilíbrio a me saciar,
Entre o real e o sonho de se ter.
(Jorge Eduardo Magalhães)
Dentro de Tua sagrada História,
Rogando-Lhe com bastante alegria,
Que neste Teu tão sagrado dia,
Ilumine o povo, com muitas glórias.
Nesta santificada trajetória,
Peço-Lhe muita paz e harmonia,
Como a mais canora das melodias,
Bençãos tão vivas em nossas memórias.
Nosso adorado Santo Padroeiro,
Suplícios de Teu povo, eu Lhe trago,
Abençoe esta gente, por inteiro,
Que Tua graça seja um eterno afago,
Aos devotos, a Ti, tão verdadeiros.
Viva Nosso Amado São Tiago!
(Jorge Eduardo Magalhães)
Aquela maravilhosa iguaria,
Tão deliciosa e tradicional,
Que abrange qualquer classe social,
Degustá-la nos traz alegria.
Com aquela massa tenra e macia,
Um molho suculento e divinal,
O seu recheio é primordial,
Um prato servido com primazia.
A preferida de todos, com certeza,
Deliciosa em qualquer sabor,
De muçarela ou de calabresa,
Elaborada com todo o primor,
A pizza é um alimento com nobreza,
Desde que seja feita com amor.
(Jorge Eduardo Magalhães)
O folhetim é uma forma de narrativa em prosa, geralmente publicada de modo parcial e sequenciado em periódicos como jornais e revistas, em uma trama dinâmica e com ganchos elaborados, propositalmente, para prender a atenção do leitor e estimulá-lo a ler o capítulo seguinte.
Podemos dizer que o folhetim é o avô da telenovela, pois assim como em sua versão radiofônica, os capítulos acabam no gancho, o mesmo acontece nos folhetins, muito populares no século dezenove, como por exemplo A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo e Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, que foram publicados no modelo folhetinesco, bebendo da fonte de As mil e uma noites.
Ainda em meados do século passado, Nelson Rodrigues publica diversos folhetins, sob o pseudônimo de Suzana Flag, que se transformaram em imensos sucessos e, mais tarde, transformaram-se em livros, como foi o caso de Meu destino é pecar e O homem proibido, publicados no jornal Última Hora, em 1944 e 1951, respectivamente, sendo grandes sucessos, ganhando versões televisivas nos anos de 1980.
Retomando essa antiga estrutura, Grupo de avaliação, de Jorge Eduardo Magalhães, cronista do Portal Solidário Notícias e apresentador do quadro Baú do Samba do programa Samba à Vera, terá sua estreia em breve. Narrado em primeira pessoa, o folhetim retrata a fixação desse narrador-personagem, que em nenhum momento revela o nome, por Luna Love, artista pornô decadente do Leste Europeu e rainha de bateria de uma escola de samba do Grupo de Avaliação que desfila na Intendente Magalhães. Dia 11 de julho estreia meu folhetim. Não percam!
