quarta-feira, 15 de julho de 2015

SONETO DE UM TEMPO HÍBRIDO


Bem longe de ser um tempo dourado,
O começo do fim das ilusões,
Mas também o despertar das paixões,
Sentia-me acolhido e abandonado.


Tempo que o mundo foi desmascarado,
Início de minhas decepções,
Despertar do amor e de emoções,
Onde o céu era sombrio e azulado .


Sentia a vida como um negro manto,
Para mim, tudo era claro e obscuro,
Misturava-se meu riso e meu pranto,


Brilhante e incerto era o meu futuro,
Contente, ficava triste em meu canto,
Sem fé em nada e sonhando com tudo.

(Jorge Eduardo Magalhães)

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