terça-feira, 21 de julho de 2015

SONETO DO PONTO DE ESPERA


Parado, esperando naquele ponto,
Lembro de algo que não ocorreu,
Triste e curto como um breve conto,
Algo que o coração não esqueceu.


Fato que em minha memória remonto,
Que em outros tempos não floresceu,
O passado e o presente em confronto,
O conflito de épocas se deu.


Lembrança que não voou com o vento,
Volto às alegrias e desencantos,
De um remoto e longínquo tempo,


Com as descobertas e desenganos,
Reformulando aquele momento,
Finalmente, do passado o acalanto.

(Jorge Eduardo Magalhães)

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