quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
NELSON TANGERINI AUTOGRAFA SEU LIVRO NO CALÇADÃO DA CULTURA
No próximo sábado, dia 18 de dezembro, a partir das 10:00h, o escritor Nelson Tangerini autografará o seu livro Nestor Tangerini e o Café Paris, que eu tive o privilégio de escrever o prefácio. O evento será no Calçadão da Cultura que fica na Rua Visconde de Itaboraí 222, Niterói, em frente à Livraria Ideal. Vale a pena conferir.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
"AS NOVAS AVENTURAS DE JOÃO GRILO" NO TEATRO PRINCESA ISABEL
Nos dias 11 e 12 de janeiro de 2011, às 20:00h, será apresentada no Teatro Princesa Isabel a peça As novas aventuras de João Grilo, de Lourdes Ramalho, dirigida por Zaira Zambelli e adaptada por mim e Madjer Geanini. Na peça, uma vovó conta ao seu netinho a trajetória de João Grilo e sua luta contra seres do mal como a Corrupção, a Poluição e a Inflação.
O Teatro Princesa Isabel fica na Av. Princesa Isabel, 186 - Copacabana.
Telefone: 2275-3346
Preço: R$ 20,00
Censura: Livre.
Vale a pena conferir.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
NELSON TANGERINI LANÇA LIVRO NA CASA DAS ARTES EM SÃO GONÇALO
Um dia desses eu disse de brincadeira para meu amigo, o escritor, professor e jornalista, Nelson Tangerini que o melhor de seu novo livro era o prefácio. Claro que não estava falando sério, falei isso porque fui eu que tive a honra de fazer o prefácio do seu livro Nestor Tangerini e o Café Paris que terá uma noite de autógrafos na Casa das Artes de São Gonçalo no próximo dia 10 de dezembro, às 19:00h.
A Casa das Artes fica na Rua Feliciano Sodré próximo à Praça Zé Garoto.
Vale a pena conferir.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
UMA TROVA PARA PATRÍCIA HADLICH
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
"VIP SIM, E DAÍ?" EM CARTAZ NO TEATRO PRINCESA ISABEL
domingo, 31 de outubro de 2010
LANÇAMENTO DE NOVO LIVRO DE NELSON TANGERINI
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
CONTO DE JORGE EDUARDO MAGALHÃES PUBLICADO NA REVISTA TERRORZINE Nº 21
Não fique assim, não chore! Vai borrar toda a sua maquiagem, não estou fazendo isso por mal, só te amarrei pra você não ir embora. Só tampei sua boca com adesivo pra você não gritar.
Você foi mais uma escolhida. Você é uma privilegiada, quem te escolheu foi o Anjo do Portal! Você sabe quem é o Anjo do Portal? É um ser divino que ilumina a minha vida e só aparece pra mim, estou vendo-o agora bem na minha frente. Ele é a luz, a razão da minha vida! Se não fosse ele eu já tinha me matado. Ele me falou que você tinha uma maldição e eu, como seu mensageiro, tinha que te livrar dela. Por isso que paguei o programa e te trouxe para este quarto de hotel imundo, para te purificar. Não adianta chorar, é impossível fugir. Está chegando a hora, o Anjo do Portal me fez um sinal e este punhal vai te livrar do teu tormento e purificar a tua alma!
Te amo querida!
Conheçam a Revista Terrorzine: http://www.divulgalivros.org/terrorzine21.pdf
http://www.cranik.com/terrorzine.html
Jorge Eduardo Magalhães nasceu no Rio de Janeiro no dia 13 de fevereiro de 1972. Em 1997 Graduou-se em Letras pela Faculdade de Humanidades Pedro II tendo as especializações em Literatura Brasileira e Portuguesa, ambas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. É mestrando em Literatura Portuguesa
pela UERJ.
sábado, 25 de setembro de 2010
SONETO DE UM AMOR IRREAL
domingo, 5 de setembro de 2010
UM SONETO PARA MAFALDA
sábado, 14 de agosto de 2010
NOITES PERDIDAS
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
CONTO DE JORGE EDUARDO PUBLICADO NO JORNAL TREM ITABIRANO-MG
Alguém se aproximou dele e disse:
- Você não joga nada!
- Você não me viu jogando!
- Nem precisa, pra ser reserva dessa porcaria!
Sua cólera fez com que se lembrasse de um antigo sonho do início da carreira que nunca iria se realizar. Imaginava jogar num time grande e ser convocado pra seleção brasileira. E que estava jogando na final de uma Copa do Mundo realizada no Brasil contra a Argentina, o jogo estava zero a zero e aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo, marcava um gol dando o título ao Brasil. Finalmente, levantava a taça com milhares de brasileiros gritando o seu nome. Despertou do sonho com o sétimo gol que seu time levou.
- Que técnico incompetente, retranqueiro – pensou, eu faria diferente.
Foi quando decidiu parar de jogar e se dedicar à carreira de técnico. Primeiro tiraria seu time do buraco e chegaria a técnico da seleção brasileira, onde numa final conta a Argentina faria uma substituição de um jogador que logo ao entrar em campo faria o único gol da partida dando o título ao Brasil, seu nome como técnico seria aclamado e...
(Jorge Eduardo Magalhães)
terça-feira, 10 de agosto de 2010
VOLTA PATRÍCIA
NOVO LINK PARA ADQUIRIR MEU ROMANCE
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
CONTO DE JORGE EDUARDO PUBLICADO NO JORNAL POLEGAR - NOVO HAMBURGO/RS
Namoraram desde garotos, mas a relação estava desgastada, Cecília era extremamente ciumenta, possessiva, sentia-se sufocado. Havia conhecido Cristina, uma pessoa maravilhosa, que o compreendia e o incentivava a realizar todos os seus sonhos. Enquanto Cecília sempre o ridicularizava, baixando ainda mais a sua auto-estima.
Não tinha culpa de nada, ninguém era obrigado a ficar com ninguém. Não era culpado se a louca da Cecília, depois que ele terminou o namoro ateou fogo no próprio corpo.
Entrou no quarto, ela estava sedada, ficou observando seu corpo enfaixado e sentiu um enorme aperto em seu coração. Sim, a culpa era toda dele, ele tinha que ter preparado Cecília para o rompimento do compromisso.
Agora se sentia na obrigação moral de se casar com Cecília, afinal, ela arruinara sua vida por causa dele.
Saiu do quarto com os olhos úmidos, no corredor do hospital pensava em terminar tudo com Cristina, seria duro, mas ele se sentiria melhor.
Cristina o esperava na porta do hospital e ele estava decidido.
- Cris, preciso muito falar contigo, tomei uma decisão muito séria.
- Pode falar, meu amor.
Ficou calado por alguns instantes e disse:
- Querida, te amo muito, por isso quero me casar contigo.
Trocaram um apaixonado beijo.
(Jorge Eduardo Magalhães)
sábado, 7 de agosto de 2010
BLOG LITERÁRIO PUBLICA RESENHA SOBRE ANTOLOGIA SOLARIUM 2
O blog "Cooltural" publicou uma resenha sobre a antologia Solarium 2 e destacou meu conto "Manuscrito de viagem". Confira:
Antologias são ótimas ferramentas literárias, tanto para quem ler quanto para quem escreve. A princípio pode-se enumerar alguns fatores que contribuem para isso. Primeiro é que elas reúnem textos (contos, poemas ou crônicas) sobre determinados temas específicos, e aí faz com que o leitor vá direto àquelas com temas que lhe agradem. Segundo, permite que os leitores conheçam novos autores, com estilos diferentes permitindo que se experimentem aperitivos com textos curtos desses autores. E por fim, oportuniza que novos autores se lancem no mercado editorial, um texto publicado em uma antologia pode ser o passo inicial para que autores se tornem grandes figuras do mundo das letras. Solarium 2 (2009) é uma antologia de contos de ficção-científica organizada por Frodo Oliveira e publicada pelo selo anthology da editora Multifoco.
Ficção-científica é de longe um dos temas que mais chamam a atenção dos leitores, e apesar de ser fantasioso, a fuga da realidade aqui se dar bem menos do que nos romances ditos de Fantasia. Nada de monstros mágicos em mundos encantados, o que temos aqui é mais um olhar de possibilidades futurísticas. Coisas da ficção-científica que há muito eram consideradas fuga de realidade se mostraram possíveis com os avanços da tecnologia, e os robôs de Asimov estão aí para provar isso. Aqui há um leque maior de subtemas. Invasões de alienígenas, destruição do mundo, abduções, curam de doenças, exploração de outros planetas, evolução de outras espécies, tudo isso é o que sai da mente desses novos escritores que se buscam não só em si, mas em outras referências para comporem suas próprias – e às vezes primeiras – histórias.
O termo solarium, como o próprio livro explica, refere-se ao termo grego que significa relógio e era usado para designar uma antiga constelação extinta no século XIX e que se localizava entre Horologium, Hydrus e Dorado. Aqui há muito mais que aventuras espaciais. O conto que abre a antologia nos leva a um mundo futurista onde já é possível a exploração de outros planetas e a tecnologia do avatares é algo comum entre os povos. Mas além de temas deste naipe há contos que usam a fantasia apenas para nos inserir em temas sociais e muito verdadeiros, alguns contos caem de forma sadia no clichê das catástrofes ambientais e nos apelos ecológicos, mas é válido se feito de forma inovadora e isso acontece com alguns contos aqui presentes.
Alguns merecem maior destaque como Beta Teste, A Estrela Cadente, Heliófilos, A Nave dos Deuses, Herança, A Sala das Garrafas, Entre o Céu e a Terra, O Espelho, Roswell, Manuscrito de Viagem e Sapiens. Ao todo são 25 contos escolhidos de forma a integrar uma diversidade de abordagens do gênero. A viagem no tempo é um evento incluído e bem abordado por Jorge Eduardo Magalhães, mas algo que surpreende é a discussão filosófica e biológica do conto Sapiens onde os anfíbios evoluem e tornam-se a espécie sucessora dos humanos aqui na terra, e a aposta é que os homens partam para outros mundos, para quem atentar bem há muito mais aqui do que mera divagação, se formos ver não fomos desde o princípio a espécie dominadora. Nossa sociedade é totalmente desconstruída e reconstruída com a presença de andróides e nos remete às guerras e disputas entre raças no conto Heliófilos.
Cada conto é precedido de uma imagem que o ilustra. As ilustrações são belíssimas e são assinadas por Jou Martins e J. Fox, que por sinal assina um conto com Misael Archanjo, Entre o Céu e a Terra. Esse conto, que parece ser o maior de todos, há toda uma construção e descrição mais detalhada, assim como mais suspense e mistério. Temos dessa vez pessoas em experimentos científicos, com uso de vírus que confere poderes especiais às suas cobaias, com uma ponta dos contos policiais, esse se destaca pela discussão do assunto bioético.
Solarium 2 (Multifoco, 196 pág.) além de ser uma continuação do primeiro volume é uma experiência única para os fãs do gênero. Apresenta-nos novos autores e nos faz viajar em suas criações e hipóteses, sejam elas fantasiosas, futuristas ou qualquer que venha a ser a vertente. Vale conferir. Recomendo!
segunda-feira, 26 de julho de 2010
O CARNAVAL NA INTENDENTE
segunda-feira, 12 de julho de 2010
CONTO DE JORGE EDUARDO PUBLICADO NO JORNAL POLEGAR / NOVO HAMBURGO-RS
- Tem certeza de que você não quer ir?
- Não iria me sentir bem, você sabe disso.
- Mas é aniversário da minha mãe, você não deve nada a minha família.
-É melhor que eu não vá. Leva o Pedro, ele vai gostar.
Joana beijou a companheira, pegou o filho pela mão e saíram de carro. No trajeto foi recordando o quanto sofreu ao revelar à família a sua opção sexual e sua paixão por Rita. Foi discriminada, colocada para fora de casa, e quando chegava às reuniões da família todos se cutucavam e cochichavam.
Lutou, virou uma empresária de sucesso com a ajuda de Rita, como a amava! Nem se lembrava mais quem era o pai de seu filho, ela e Rita cuidavam com carinho de Pedrinho.
Chegou à casa da mãe onde toda a família estava reunida, o silêncio foi geral. Todos, de repente, voltaram ao normal e abraçaram Joana quando ela tirou do carro presentes para a mãe e toda a família.
(Jorge Eduardo Magalhães)
quarta-feira, 30 de junho de 2010
VISITEM MEU TWITTER
Visitem meu twitter. Lá vocês poderão falar comigo e acompanhar meu trabalho literário. O endereço é:
http://twitter.com/jedumagalhaes
Obrigado pelo carinho
Jorge Eduardo Magalhães
segunda-feira, 21 de junho de 2010
CRÍTICO LITERÁRIO DA FOLHA CARIOCA FAZ RESENHA SOBRE MEU ROMANCE "VAGANDO NA NOITE PERDIDA"
O crítico literário e colunista do caderno "Ideias" do JB, Portal Literal e Folha Carioca fez uma resenha sobre o meu romance Vagando na noite perdida para a revista Folha Carioca que sairá no próximo número. Confiram:
Vagando na noite perdida
Editora Multifoco
72 páginas
segunda-feira, 7 de junho de 2010
JORGE EDUARDO MAGALHÃES CONCEDE ENTREVISTA A BLOG.
Nesta última semana concedi uma entrevista para o blog da escritora Kris Rikardsen onde falei sobre meu último romance Vagando na noite perdida, minhas publicações anteriores, minha trajetória como autor teatral e meus projetos para o futuro. Confiram minha entrevista e aproveitem para olhar o blog e a obra desta grande escritora: http://krtopazio.blogspot.com/2010/06/jorge-eduardo-magalhaes.html.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
PATRÍCIA VOLTOU
quinta-feira, 27 de maio de 2010
PREFÁCIO DO NOVO LIVRO DE NELSON TANGERINI FEITO POR JORGE EDUARDO MAGALHÃES
Ainda neste ano será publicado o livro Nestor Tangerini e o Café Paris, pelo qual tive a honra de fazer o prefácio. Confiram:
Nesta mesma década em Niterói, a então capital do estado do Rio de Janeiro, um grupo de poetas satíricos formado por Nestor Tangerini, Luiz Leitão, Renê de Descartes Medeiros, Luiz de Gonzaga, entre outros, reuniam-se, com frequência no extinto Café Paris para discutir literatura e declamar seus poemas, nome este que deu aos seus poetas freqüentadores a alcunha de “parisienses”.
Nestor Tangerini, paulista de Piracicaba, autor de revistas como O tabuleiro da baiana e Gol; caricaturista e poeta satírico podia ser visto constantemente com seus amigos no Café Paris para falar de literatura e fazer trovas e sonetos que tratavam do cotidiano. Satirizavam a si mesmos ou uns aos outros, os seus vícios, suas manias e nem na hora da morte deixavam de fazer troças com os companheiros – como o caso de Nestor Tangerini, que, ao saber do falecimento de Luiz Leitão, o maior poeta humorístico fluminense, em 1936, escreveu uma trova onde os vermes, ao receberem o corpo de Leitão sepultado, comemoravam ter cachaça. Exaltavam a bela Atalá, linda moça niteroiense que arrancava suspiros dos parisienses, faziam soneto-propaganda para as lojas da cidade e ainda satirizavam as senhoras casadas que se mostravam zangadas com rapazes galanteadores, mas acabavam dizendo o endereço de suas casas.
Embora escrevessem sonetos e, de forma geral, poemas com rimas e métricas lembrando claramente o estilo parnasiano, podemos considerar que os parisienses formavam uma espécie de Modernismo Fluminense ainda muito pouco conhecido e estudado pelo seleto meio acadêmico.
Neste livro, Nelson Tangerini, filho de Nestor, jornalista e professor de literatura, não faz só uma homenagem ao seu pai, mas ressuscita o Café Paris, que em janeiro de 1943 foi demolido para a construção da Avenida Amaral Peixoto, e todos os parisienses de Niterói, dando-lhes o destaque merecido nos cânones da Literatura Brasileira.
(Jorge Eduardo Magalhães – Escritor, professor de Literatura e mestrando pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
Prefácio do livro NESTOR TANGERINI E O CAFÉ PARIS - NITERÓI, RJ, ANOS 1920.
DE NELSON TANGERINI, EDITORA NITPRESS, 2010.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
CONTO DE JORGE EDUARDO MAGALHÃES NO JORNAL POLEGAR - NOVO HAMBURGO-RS
Todos os anos viajo para um país diferente. Já fui à França, Espanha, Suíça, Argentina; ano passado fui a Portugal, conheci Lisboa, Coimbra, Cascais, Porto. Talvez esse ano nos vamos conhecer o Canadá.
Portanto, não podemos namorar, somos de classes diferentes, meus pais não iriam aceitar. Sou cortejada pelos melhores partidos desta cidade. Sei que você gosta de mim, mas é impossível que aconteça alguma coisa entre nós, aliás, acho que você está querendo demais, não acha?
Espero que você não fique chateado com a minha sinceridade, mas não queria despertar falsas expectativas em você. Agora tenho que ir, pois tenho que acompanhar meus pais a um jantar na casa do governador, o filho dele é apaixonado por mim. Adeus!”
Ficou observando o seu pretendente, cabisbaixo, afastando-se até desaparecer. Pegou o ônibus para o subúrbio onde morava, sua casa era humilde e ao entrar, seu pai, bêbado, sussurrou:
- Por que você demorou tanto?
- Desculpe a demora, é porque eu estava até agora conversando com o filho do governador, ele é apaixonado por mim, eu disse que o nosso amor é impossível, que sou de família pobre; mas ele disse que não se importa com isso e...
(Jorge Eduardo Magalhães)
quarta-feira, 5 de maio de 2010
SAUDADES DE PATRÍCIA
Da bela Patrícia sinto saudades,
Receio nunca mais aparecer,
(Jorge Eduardo Magalhães)
quarta-feira, 28 de abril de 2010
CONTO DE JORGE EDUARDO MAGALHÃES PUBLICADO NO JORNAL POLEGAR - NOVO HAMBURGO-RS
Quando entrou em casa levou um susto, a casa estava vazia, os móveis, os eletrodomésticos, a mulher, tudo havia desaparecido. Somente ficara o espelho do banheiro onde tinha um bilhete colado com chiclete mascado, era de sua mulher:
“Almeida,
Estou indo morar com o Adaílton, desculpe levar tudo de casa, mas estou começando um vida nova. Não me procure nunca mais.”
- Mas que vaca! – rosnou Almeida – Ela tinha que levar as coisas de casa?
Pensou em dar um tiro, uma facada, mas chegou à conclusão de que não valia a pena. Era muita traição, afinal o Adaílton era o seu melhor amigo.
Com tristeza lembrava-se dos móveis que mandou fazer, da geladeira que gelava sua cervejinha, da televisão, que ainda estava pagando e onde assistiu o seu futebol, do fogão em que fazia seu mocotó, sua feijoada.
O tempo foi passando e junto a raiva foi amenizando, aos poucos Almeida conseguiu comprar tudo de novo.
Um dia recebeu uma visita inesperada.
- Adaílton! O que você está fazendo aqui, seu traidor!?
- Não tenho dormido à noite, me sinto muito mal com o que fiz e tenho que me retratar contigo.
- Entra, desgraçado!
Adaílton entrou e se sentou. Seu constrangimento era visível.
- Sei que fiz muito mal em ficar com a sua mulher, mas é que nos apaixonamos e faço questão de te devolver todos os móveis e eletrodomésticos.
Almeida se levantou, abraçou o amigo e começou a chorar.
- Não precisa, pode ficar com tudo. Você é o melhor amigo que eu já tive! Obrigado, meu amigo! Obrigado!
Abriram uma cerveja para brindar à velha amizade.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
"VAGANDO NA NOITE PERDIDA" À VENDA NO SITE DA EDITORA MULTIFOCO
Meu romance Vagando na noite perdida já está à venda no site da Editora Multifoco. Com certeza vocês vão gostar do romance não vão conseguir parar de ler ´do início ao fim. o site é: http://www.editoramultifoco.com.br/catalogo2.asp?lv=257
Agradeço a todos pelo carinho.
"OS CARAS DE PALCO" EM CARTAZ NO TEATRO PRINCESA ISABEL
Censura: Livre
Preço: R$ 10,00
sexta-feira, 9 de abril de 2010
CONTO DE JORGE EDUARDO PUBLICADO NO JORNAL POLEGAR - NOVO HAMBURGO - RS
Tinha onze anos o menino e o pai o olhava com desprezo. Invejava o vizinho que tinha um filho da mesma idade que o seu e que se desenvolvia de acordo com a sua idade, enquanto que o seu tinha a mentalidade de uma criança de quatro ou cinco anos.
No dia em que ele nasceu não entendeu inicialmente quando o médico disse que seu filho era uma criança especial, mas à medida que ele crescia percebia mais.
Estava cansado dos comentários hipócritas do tipo “essa criança é um presente, a sua alegria”, ou, “uma bênção de Deus’.
Sentia cada vez mais asco e desprezo por aquela criatura bizarra, com quarenta e sete cromossomos, olhos puxados e formas roliças. Nunca teria sua independência, nem lhe daria netos, sentia ódio da esposa quando acariciava aquela aberração.
Seu filho brincava no terraço, odiou-o como nunca, teve o impulso de empurrá-lo, era alto e ele acabaria de vez com seu tormento. Foi se aproximando do filho e quando estava pronto para empurrá-lo, o filho virou-se para ele dizendo um carinhoso “papai”. Sentiu vergonha de si mesmo, não era um homem mau, um homem frio. Abraçou o menino emocionado.
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domingo, 4 de abril de 2010
"TIA PLÁCIDA" EM CARTAZ NO TEATRO PRINCESA ISABEL
No próximo dia 26 de abril, às 20:00h, será apresentada a minha peça Tia Plácida no Teatro Princesa Isabel, dirigida por Zaira Zambelli. A peça é um drama familiar que possui um piadas secas, no entanto também possui momentos cômicos. Plácida é uma senhora de idade que vive numa casa entregue ao abandono. Rodeada de seus sobrinhos e distante de seu filho Júlio. Edna, uma vizinha que ajuda Plácida nas horas de sufoco, jura saber os segredos sobre sua suposta boa família. O ingresso custa R$ 10,00 e o Teatro Princesa Isabel fica na Avenida Princesa Isabel – 186 – Copacabana. Vale a pena conferir. Faixa etária: 16 anos.
quinta-feira, 25 de março de 2010
POR ONDE ANDA PATRÍCIA?
domingo, 7 de março de 2010
LANÇAMENTO DE MEU NOVO ROMANCE
O romance é todo narrado em primeira pessoa e oscila entre o tempo presente e o flash-back fazendo uma abordagem do psicológico, onde faz um confronto entre o real e o imaginário, a alucinação e a realidade.
Após matar Gisele, um travesti adolescente com quem mantém um romance doentio, no quarto da hospedagem onde vive, o narrador-personagem sai vagando na madrugada pelas ruas do centro do Rio
Em sua trajetória sem rumo vai se deparando com os tipos mais sórdidos e bizarros da madrugada carioca ao mesmo tempo que vai fazendo um balanço de toda a sua vida e de tudo o que deixou para trás como a carreira, a família e o emprego por causa do vício e da indolência.
A Editora Multifoco fica na Avenida Mem de Sá 126 - Lapa Rio de Janeiro - RJ.
Conto com a presença de todos.
quinta-feira, 4 de março de 2010
CONTO DE JORGE EDUARDO PUBLICADO NO JORNAL O TREM ITABIRANO - MG
Rosana, filha de um rico empresário, conheceu Mc Caveira num baile funk do morro. Foi paixão à primeira vista, e a partir daquele dia não se desgrudavam mais, Rosana ia quase todos os dias ao morro para vê-lo.
Pertencendo a uma das famílias mais ricas da cidade, era cortejada por vários rapazes da alta sociedade, dentre eles o Ricardinho, um eterno apaixonado que não era correspondido, “parecia um maçarão sem molho”, dizia Rosana às amigas.
Tinha somente olhos para Mc Caveira e estava pronta para desafiar a tudo e a todos em nome dessa paixão. Já até imaginava qual seria a reação do seu pai quando lhe contasse tudo. “Você enlouqueceu minha filha? Você vai ficar um ano na Europa!”
Caso ele dissesse isso fugiria e seria até capaz de ir viver no morro com seu grande amor, e não seria tão ruim, pois ali respirava o amor e a sinceridade.
Foi contar tudo para o seu pai preparada para o pior, mas teve uma surpresa:
- Você é quem sabe, minha filha! Faça o que o seu coração mandar!
Não acreditava no que estava ouvindo e foi direto contar para o Mc Caveira as palavras de seu pai. Enquanto subia o morro foi percebendo a miséria do local, nem parecia aquele lugar exótico que tanto a fascinou, quando ficou frente a frente com Mc Caveira não teve coragem de beija-lo, achou-o asqueroso, repulsivo. Terminou tudo e virou de costas sem olhar pra trás.
Nunca mais voltou ao morro e uma semana depois estava feliz da vida ao lado de Ricardinho.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
CONTO DE JORGE EDUARDO PUBLICADO NO JORNAL POLEGAR - NOVO HAMBURGO/RS
Hoje é domingo, e como sempre faço, vou visitar meu filho. Entro na fila e passo por uma minuciosa revista.
Como fiz projetos para aquele menino! Paguei os melhores colégios, os melhores cursos, freqüentou os melhores clubes da cidade pra terminar do jeito que terminou.
Admito que eu tenha culpa nisso tudo, pois sempre fiz todas as suas vontades, sempre passei a mão em sua cabeça.
Como me arrependo do dia em que fui chamado à escola porque ele havia xingado a professora e me limitei a dizer que ela tinha que aturar, que eu pagava uma mensalidade muito cara e que se meu filho a xingou era porque sua aula devia ser uma porcaria. Percebi como a professora se sentiu humilhada e na hora triunfei com isso. Não parei por aí. Incentivei meu filho a desrespeitar porteiros, faxineiros, garçons. Cansei de dar dinheiro para que ele subornasse policiais no caso de ser pego dirigindo sem habilitação. Uma vez um policial honesto não aceitou o suborno e o levou para a delegacia, rapidamente dei um jeito, com meus conhecimentos, para transferi-lo. Eu e meu filho ficamos rindo da cara dele.
Agora tenho que ir todo domingo àquele pulgueiro, tendo que ver meu filho passar por aquele inferno, por aquele tormento. Seus lábios sorriem para mim, mas seus olhos dizem: “Pai, me tire daqui, pelo amor de Deus!”
Estou pagando os melhores advogados, mas está difícil, o que ele fez é muito grave. O que me dói mais é que eu contribuí para que tudo isso acontecesse, a culpa foi toda minha.
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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
CARNAVAL DE 2072
sábado, 6 de fevereiro de 2010
CONTO DE JORGE EDUARDO PUBLICADO NO JORNAL TREM ITABIRANO - MG
A infiel
Desde que se casara com Lígia, Olímpio não tinha olhos para outra mulher, amava-a profundamente e dava a ela uma vida de rainha. Médico bem sucedido, Olímpio não deixava sua esposa trabalhar, embora ela fosse formada em psicologia. Durante a noite, após um amor ardente, ficava horas contemplando a beleza do corpo nu de sua amada. Achava que não existia no mundo outra mulher tão bonita. Um dia a grande desilusão: Olímpio chegou mais cedo em casa e flagrou Lígia com outro na cama. Ficou em estado de choque.
- Por que você me traiu?
- Me perdoa, foi uma fraqueza! – disse a adúltera em prantos.
Pensou, refletiu e decidiu perdoar Lígia. As traições continuaram, só que com amantes diferentes. Desesperado, Olímpio quis saber o motivo da descarada infidelidade da esposa que lhe respondeu chorando:
- Eu te amo muito, mas não consigo me satisfazer só contigo.
Pensou em se separar de Lígia, mas não conseguia, pois a amava demais. Resolveu não enxergar o que acontecia debaixo do seu nariz. Lígia chegava cada vez mais tarde em casa e Olímpio nada dizia, apenas deitava ao seu lado e dormia.
Uma tarde, num bar, apareceu um rapaz com que Lígia se encantou, chamava-se Carlos e era um rapaz alto e de corpo atlético. Depois de fazerem amor, Lígia sentiu uma enorme dor de consciência por tudo o que tinha feito com o marido. Prometeu a si mesma nunca mais trair Olímpio. Chegando em casa verificou que as roupas de Olímpio não se encontravam mais no armário onde encontrou um bilhete do marido:
Tentei salvar o nosso casamento, mas vi que é impossível viver ao teu lado; estou indo embora. Aquele rapaz com quem você saiu hoje à tarde fui eu quem lhe arranjei. Quero também comunicar que tem uma surpresa para você na primeira gaveta do armário.
Lígia, curiosa, abriu a gaveta onde só havia o exame de HIV de Carlos com resultado positivo.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
CONTO DE JORGE EDUARDO PUBLICADO NO JORNAL POLEGAR
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
CONTO DE JORGE EDUARDO PUBLICADO NO JORNAL POLEGAR
- Só pode ser a Jandira!
- Ela quer fazer um trabalho para prejudicar vocês!
Jandira era a vizinha de frente. Uma cinqüentona gorda, com os cabelos tingidos de louro e que vivia na janela a observar a vida alheia. Odete havia percebido que ela, ultimamente, não tirava os olhos de sua casa.
Odete passou noites em claro impressionada com as palavras da cartomante e evitava qualquer tipo de contato com a vizinha gorda.
Numa manhã de sol, enquanto Odete estendia as roupas das crianças no varal, Jandira aproveitou para lhe fazer uma visita sob qualquer pretexto. Não teve como evitar a sua entrada, pois quando viu, ela já estava no quintal.
Pensou em ir atrás da vizinha, fazer um escândalo, mas não tinha provas mesmo tendo certeza de que havia sido ela.
Foi até a cartomante para pedir orientação, mas ela havia viajado.
Voltou para casa aguardando que o pior acontecesse.
Postado por Jornal Polegar às 8:33 AM 0 comentários Links