sábado, 25 de setembro de 2010

SONETO DE UM AMOR IRREAL


Há muito tempo, amei quem não existia,
E toda noite com ela eu sonhava,
Meu eterno amor, eu lhe declarava,
Mas, na verdade, ela não me ouvia.

Todas as vezes, quando anoitecia,
Repleto de paixão eu me deitava,
Sempre pensando nela, eu suspirava
E, com serenidade, adormecia.

De mãos dadas, andávamos na areia,
Caminhávamos pela beira do mar,
De dia e nas noites de lua cheia,

Como era gostoso lhe abraçar,
E vinha o triste dia que clareia,
Para mim era triste despertar.

(Jorge Eduardo Magalhães)

Um comentário:

Unknown disse...

Lindo!!!
Parabéns por vc ser quem é!!!

Te admiro muito!