domingo, 5 de setembro de 2010

UM SONETO PARA MAFALDA


Personagem, menina prodígio,
Musa pseudo-intelectual,
Suas chatas tirinhas de jornal,
Deram-te desmerecido prestígio.

Seus chatos comentários são litígios,
Um modelo de criança sacal,
Sempre numa situação banal,
Talento, não deixa o menor vestígio.

Sempre politicamente correta,
Seus quadrinhos deveriam ser mudos,
Pois só diz coisas óbvias diretas,

Vou desabafar, vou te dizer tudo,
Creio que esta é a atitude mais certa,
Se fosse real, te dava um cascudo.

(Jorge Eduardo Magalhães)

2 comentários:

Marina disse...

Esse poema realmente lava a alma de muita gente! Diz coisas que todo mundo queria poder falar!
Paarabéns!
Marina

Patrícia Campos disse...

Ótimo poema.Tirinha chata que polui visualmente.Ô quadro que não acrescenta e ao mesmo tempo consistente.