quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

SONETO DA MERETRIZ INICIANTE


Aquela linda e jovem meretriz,
Com sua beleza fascinante,
Era, na carreira, uma iniciante,
Em fazer a vida, era aprendiz.


Teve de aprender a ser grande atriz,
Fingindo que era deleitosa amante,
Exalando libido em seu semblante,
Pseudo-prazer da alcova feliz.


Entre muitos vermutes e cigarros,
Foi decifrando todo aquele esquema,
Tanto os jovens ou os tipos mais bizarros,


Para ela, era parte do sistema,
Fechava os olhos e dava pigarros,
Pensava naquele ator de cinema.

(Jorge Eduardo Magalhães)

domingo, 27 de dezembro de 2015

SONETO DO GRANDE AMOR



O amor da minha vida,
Que meu coração acalma,
Traz alívio a minh'alma,
A paixão em mim contida,


Meu amor por ti, querida,
Não precisa de ressalva,
Lembro da tua pele alva,
E toda tristeza é banida.


Todo o meu amor por ti,
Declaro na poesia,
A mais linda que já vi,


Vem me trazendo alegria,
Quero amar e te servir,
Com ardor e euforia.

(Jorge Eduardo Magalhães)

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

SONETO DO PLAYBOY ESTUDANTE DE SOCIOLOGIA NA FAVELA


O playboy que estuda sociologia,
Pretendia escrever sobre a favela,
Foi entrando em seus becos e vielas,
E percebeu ali certa magia.


Sem vivência e bastante teoria,
Não percebeu todas suas mazelas,
Achou que o morro era a coisa mais bela,
Fonte de inspiração e poesia.


Disse que adorou aquele lugar,
Afirmou isso orgulhoso de si,
- Mas que local lindo de se morar!


- Vista mais maravilhosa que vi!
Mas um morador o fez  se calar:
- Então por que não vem morar aqui?

(Jorge Eduardo Magalhães)


quinta-feira, 26 de novembro de 2015

SONETO DO TESTE DE TERRORISMO


Ouvi falar que lá no mundo islâmico,
Só a minoria que é terrorista,
Isso é mentira da mídia golpista,
Que quer espalhar o medo e o pânico.


Neste quadro mundial panorâmico,
Disseram que poucos são extremistas,
Que no Islã são todos pacifistas,
E tudo isso é exagero titânico.


Com gente hipócrita, não me conformo,
Procuro tratar com respeito, até,
Somente com a verdade que me importo,


Vou testar dos muçulmanos a fé,
Quero espalhar que alguém que não suporto,
Fez caricatura de Maomé.

(Jorge Eduardo Magalhães)

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

SONETO DA CONTEMPORANEIDADE


Alegando contemporaneidade,
Qualquer medíocre pode ser artista,
Consideram-se grandes vanguardistas,
Ganham prêmio de originalidade.


Performances sem criatividade,
Arrancam suspiros de especialistas,
Ovacionados por colunistas,
Como algo da mais alta qualidade.


Não ter talento agora é pós-moderno,
Algo feito para não se entender,
A proposta deles é um inferno,


Conteúdo que ninguém consegue ver,
Têm matéria no Segundo Caderno,
São contemplados com a Lei Rouanet.

(Jorge Eduardo Magalhães)

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

SONETO DA PATRULHA IDEOLÓGICA


Vivemos na era de grande histeria,
Onde piada de homem é machismo,
Dizer que a coisa está preta é racismo,
Se brincar com gay é homofobia.


Um patrulhamento da ideologia,
Temos que defender o islamismo,
Aplaudir discursos do socialismo,
Uma verdadeira demagogia.


Você não pode dizer o que pensa,
Uma opressão que não tem mais remédio,
Ser linda e bem sucedida é ofensa,


Para as feministas que são um tédio,
São recalcadas com uma inveja intensa,
Cantar colega bonita é assédio.

(Jorge Eduardo Magalhães)

domingo, 22 de novembro de 2015

APENAS MAIS UM SONETO DE AMOR


Estar contigo é meu céu,
Sinto-me no paraíso,
Como é lindo o teu sorriso,
Que é tão doce quanto o mel.


A caneta, meu cinzel,
Cria os versos que improviso,
Tu és tudo que preciso,
Meu amor neste papel,

Você é todo o meu tema,
Inspiração com sabor,
A razão dos meus poemas,

Eu te escrevo com clamor,
Poesia que acalenta,
Com doçura e com calor.

(Jorge Eduardo Magalhães)

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

SONETO PARA SER LIDO BEBENDO VINHO


Aquela taça de vinho,
Que me deixou todo prosa,
O teu perfume de rosa,
Também tinha seus espinhos.


O meu peito em desalinho,
Tua imagem tão vistosa,
Esta sensação viçosa
Cada gole, um carinho.


Degustação fascinante,
Mas que paladar suave,
Vai descendo bem rascante,


Uma melodia grave,
A cânfora irrelevante,
Porém nada que se agrave.

(Jorge Eduardo Magalhães)

domingo, 15 de novembro de 2015

SONETO DA MULHER LOUCA


Assim que ela saiu do sanatório,
Não tinha mais ninguém à sua espera,
Foi chegando ao fim a sua quimera,
Todo um sentimento peremptório.


Vários pensamentos tão merencórios,
A sua nebulosa atmosfera,
Alucinação que se prolifera,
Um mundo particular bem provisório.


Um anjo com toda a sua candura,
Devaneios reais e tão vazios,
Verdade e imaginário se misturam,


Naquele universo alegre e arredio,
Nefelibatismo que não tem cura,
Triste e feliz naquele desvario.

(Jorge Eduardo Magalhães)

sábado, 14 de novembro de 2015

SONETO DO AMOR INTENSO



O meu amor é imenso,
És minha doce adorada,
Realização dourada,
Sentimento tão intenso.


É em ti que eu sempre penso,
Meu amor, minha amada,
Sem você eu não sou nada,
Somente a ti eu pertenço.


Essência do meu viver,
Tu inspiras os versos meus,
Não consigo me conter,


Expressando o meu "eu",
Para ti vou escrever,
O meu coração é teu.

(Jorge Eduardo Magalhães)

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

SONETO DA ESTRELA CADENTE


A estrela cadente no camarim,
Querendo brilhar na noite de estreia,
Olhando atrás da cortina a plateia,
Sua carreira não chegou ao fim.


Está quase chegando a hora, enfim...
Aquele momento, sua odisseia,
Mas ela não tinha a menor ideia,
Do teatro estar tão vazio assim.


Espreita o público pela coxia,
Um devaneio, não era possível,
Suas cadeiras estavam vazias,


Algo muito cruel e inverossímil,
Entrou em cena com a melodia,
Suas lágrimas borravam o seu rímel.

(Jorge Eduardo Magalhães)



quinta-feira, 29 de outubro de 2015

"HETERONÍMIA MALDITA" NO WALMART


Meu romance "Heteronímia maldita" no Walmart

https://www.walmart.com.br/busca/?ft=heteron%C3%ADmia+maldita&PS=20

terça-feira, 27 de outubro de 2015

"HETERONÍMIA MALDITA" NAS CASAS BAHIA


"Heteronímia maldita" nas Casas Bahia:

http://www.casasbahia.com.br/livros/LivrodeLiteraturaEstrangeira/Romance/Heteronimia-Maldita-5403961.html

"HETERONÍMIA MALDITA" NO PONTO FRIO


Meu livro "Heteronímia maldita" no Ponto Frio
http://www.pontofrio.com.br/livros/LivrodeLiteraturaEstrangeira/Romance/Heteronimia-Maldita-5403961.html

domingo, 18 de outubro de 2015

ADQUIRAM MEU LIVRO "HETERONÍMIA MALDITA

Adquiram meu livro "Heteronímia maldita" pelos lnks:
http://www.ciadoslivros.com.br/heteronimia-maldita-694371-p
http://www.artepaubrasil.com.br/heteronimia-maldita-694371-…
http://www.travessa.com.br/Busca.aspx
http://www.saraiva.com.br/heteronimia-maldita-8891003.html
http://www.livrariacultura.com.br/busca?N=0&Ntt=heteron%C3%ADmia+maldita
http://www.giostrieditora.com.br/livra…/heteronimia-maldita/
http://www.amazon.de/Heteron%C3%ADmia-Maldita-Em-Portuguese-Brasil/dp/8581086136
http://www.livrariadopsicologo.com.br/HETERONIMIA-MALDITA/
http://www.martinsfontespaulista.com.br/heteronimia-maldita-495765.aspx/p?&utm_source=Buscape&utm_medium=ComparadordePrecos&utm_campaign=buscape

SONETO DAS MÚSICAS DEDICADAS À PORTELA


Fazem muitas músicas à portela,
Não só por sua popularidade,
Mas por ter na rima facilidade,
Seu nome pode rimar com "favela",


Com "Vem ela chegando na janela",
E várias outras possibilidades,
Pois de versos tem muita quantidade,
Ainda digo que "fiz amor com ela".


Também por ficar lá em Madureira,
Aquela querida agremiação,
Pode-se elaborar outras maneiras,


De enaltecer o nosso pavilhão,
Falar da porta-bandeira faceira,
Ou da passista na concentração.

(Jorge Eduardo Magalhães)

SONETO PARA SER MUSICADO COM MELODIA DE TANGO

Trajando aquele vestido vermelho,
Dançando tango trocando de pares,
No salão, chama a atenção dos olhares,
Tua imagem refletida no espelho,


Com outro alguém, ao teu lado emparelho,
Entre odores de perfumes vulgares,
Aqueles passos tão familiares,
A ti seguir, me desaconselho.


No meio de teus ganchos e cruzadas,
Na arte de bailar, és grande mestra,
A sensualidade nas passadas,


Qualquer que forme um par a ti se adestra,
Conduz a todos de forma pausada,
Ofuscando o som do tango da orquestra.

(Jorge Eduardo Magalhães)

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

A MUSA DO MAGISTÉRIO


A musa do magistério,
Contemplo-a com amor,
Ao passar causa furor,
Por todo o nosso colégio.


Não olhá-la é um sacrilégio,
Com muito carinho e ardor,
Eu muito feliz estou,
Pois só vê-la é um privilégio.


Com seus cabelos dourados,
Aquele seu lindo olhar,
Meu coração disparado,


Não deixa de a venerar,
Anjo por mim adorado,
Não deixo de contemplar.

(Jorge Eduardo Magalhães)

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

SONETO DA DEVOÇÃO



Este meu coração por ti devoto,
A tua luz ilumina o meu "eu',
Teu olhar encabula os olhos meus,
Afeto que ofusca amores remotos,


Minha paixão por ti é como um voto,
Um juramento que alguém prometeu,
Emoção que ninguém nunca esqueceu,
É como se visse a mais linda foto.


Todo um sentimento que se descobre,
Brotou em mim com todo o predomínio,
Algo que é tão altivo e tão nobre,


Vai muito além de todo o meu domínio,
Por mais que se faça, que eu me desdobre,
Exerce em mim o mais lindo fascínio.

(Jorge Eduardo Magalhães)

domingo, 11 de outubro de 2015

SONETO PARA NOSSA SENHORA PADOREIRA DO BRASIL QUE PROTEJA A QUEM ADORO


Suplico à Nossa Santa Padroeira,
Proteja a pessoa por mim amada,
Por ela seja sempre vigiada,
Por ontem, hoje e uma vida inteira.


Sua proteção é verdadeira,
Aquela que é por mim tão adorada,
Está, por ela, muito bem cuidada,
Pois nos guardar é a sua bandeira.


O seu lindo manto celestial,
Vai nos cobrindo com o seu amor,
Dando-nos toda a sua proteção,


Livrando-nos de qualquer dissabor,
Com muita fé e toda devoção,
Rogo a ela com todo o meu louvor.

(Jorge Eduardo Magalhães)

SONETO DO FILHO PRÓDIGO


O filho com toda prodigalidade,
Gastou do pai parte do seu dinheiro,
Ficando na miséria por inteiro,
Retornou passando necessidade.


O pai, repleto de felicidade,
Mandou assar o  seu melhor cordeiro,
Pela volta do filho gastadeiro,
Fazendo uma grande festividade.


O outro filho cheio de razão,
Fez de suas mágoas, suas dores,
Pai, eu te servi, com dedicação,

Enquanto ele viveu num mar de flores,
Prosseguiram na comemoração,
Promovendo a inversão de valores.

(Jorge Eduardo Magalhães)

sábado, 10 de outubro de 2015

SONETO DO LIVRO AUTOGRAFADO

 

Dedico-te este livro autografado,
Para fazer parte da tua história,
Ficar registrado em tua memória,
Que existiu este poeta apaixonado.


Que tanto te adorava no passado,
Você, sua inspiração, sua glória,
Recordação de sua trajetória,
Nos versos que a ti são destinados.


Espero que se orgulhe da homenagem,
Que faço com o fundo do meu ser,
Tal paixão, um delírio, uma viagem,


Com certeza, nunca vou te esquecer,
Declaro-te esta paixão com coragem,
Mas entendo que é difícil de crer.

(Jorge Eduardo Magalhães)

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

SONETO DA DESAGRADABILIDADE


               Chegou aquela criatura horrenda,
               Parece até que saiu da caverna,
               Desagradabilidade tão certa,
              Não sei por que ela não se aposenta.

              Parece que solta fogo da venta,
              Com aquela horrorosa boca aberta,
           Sempre chata com a mesma conversa,
            Subir as escadas não mais aguenta.
       
         Não conseguindo ficar nem de pé,
       Fica aos seus pares sempre perturbando
         Com seu cheiro de cigarro e café,

         Vai a todo ambiente sufocando
         Bem que poderia, com muita fé,
          Contemplar a todos se aposentando.

               (Jorge Eduardo Magalhães)

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

SONETO DO DESABAFO


Por que você não me responde mais?
Fico pensando em ti a toda hora,
Este poeta que tanto te adora,
Que só para ti lindos versos faz.


Juro que não te magoarei jamais,
Forte sentimento que em mim aflora,
Minha pálida vida se renova, 
Deliciosa sensação me traz.


Não sei o que aconteceu comigo,
Foi muito bom olhar o teu olhar,
Parar de pensar em ti, não consigo,


Esta paixão, eu não sei explicar,
Mas antes de tudo, sou teu amigo.
Com respeito, vou sempre te adorar.

(Jorge Eduardo Magalhães)





terça-feira, 6 de outubro de 2015

SONETO DA LUZ PRÓPRIA



Desenhando teu nome que reluz,
Mexendo com o meu imaginário,
A tua linda imagem que seduz,
Ao mais precioso relicário,

Toco em tuas mãos e algo me conduz,
A imaginar um lindo cenário,
Repleto de graça, com muita luz,
Sentimentos tão mistos e contrários.


Eu, pensando o tempo todo em você,
Tua imagem preenche o meu vazio,
Ilumina o meu solitário ser,


Aquecendo-me nas noites de frio,
Teu olhar, tão difícil de esquecer,
Meus versos a você reverencio,

(Jorge Eduardo Magalhães)

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

SONETO DO NOME RELUZENTE



Não há nada neste mundo que faça,
Que eu consiga deixar de em ti pensar,
Não existe algo que satisfaça,
Mais do que eu poder te contemplar,


Com você meu coração descompassa,
Sempre quando a vejo por mim passar,
Um sentimento que em mim se embaraça,
Toda vez quando te vejo chegar.


Isso não tem explicação plausível,
Nunca mais saiu da minha mente,
Pensar em ti me deixa tão sensível.


Algo forte que meu coração sente,
Tua imagem, um sonho tão incrível,
O teu nome é tão lindo e reluzente.

(Jorge Eduardo Magalhães)

terça-feira, 22 de setembro de 2015

SONETO DA MUSA DA EDUCAÇÃO


Lá vem ela com elegância docente,
Com o seu charme tão professoral,
Contagiando até o corpo discente,
Dona de um "it" muito pessoal.


A musa da educação gonçalense,
Que trabalha na classe especial,
Vai encantando  toda a nossa gente,
Minha inspiração educacional.


Sempre quando vai subindo as escadas,
Meu coração sempre bate tão forte,
Fico feliz toda vez que ela passa,


Poder contemplá-la é um ato de sorte,
O meu olhar nem ao menos disfarça,
tento fazer que meu "eu" se comporte.

(Jorge Eduardo Magalhães)



SONETO DOS HAICAIS

Desponto todo o meu imaginário,
Através dos meus simples haicais,
Revelo um particular cenário,
Nestas formas tão orientais.


Elaborados como um relicário,
Com a mesma presteza dos florais,
Tao simples e belo quanto um orquidário,
A precisão que ninguém viu jamais.


Versificação só com três estrofes,
Estrutura de um pequeno poema,
Mas, para o trovador não é problema,


O poeta lançado a toda sorte,
Constrói o seu mais precioso esquema,
Criando dos mais valorosos temas.

(Jorge Eduardo Magalhães)

SONETO DA DISPUTA DE SAMBA


Fui querendo disputar o meu samba,
Para defender minha amada escola,
Achei que estava pisando na bola,
Cheguei a pensar que eu não fosse bamba,


Levei na disputa a corda e a caçamba,
Devagar para não entrar de sola,
Levei a criançada de graçola,
Para alegrar a ala das baianas.


Mas a parceria que era de fora,
Parecia até que nunca existiu,
Colocaram meu samba na sacola,


Ninguém escutou, ninguém ouviu,
Quem ganhou foi um grande boi com abóbora,
O meu samba na primeira caiu.

(Jorge Eduardo Magalhães)

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

SONETO OCASIONAL



Não quero lhe dizer só frases feitas,
Não vou repetir apenas jargões,
Quero mostrar as minhas emoções,
Em minhas palavras tão imperfeitas.


A paixão pelo coração eleita,
Não possui regras e nem condições,
Só inesperadas ocasiões,
Que meu peito enamorado deleita.


As declarações nunca elaboradas,
Sempre transparentes e naturais,
Como grande empreendimento e jornada,


O prenúncio de signos e sinais,
Escrevendo para a pessoa amada,
Nestes sonetos tão ocasionais.

(Jorge Eduardo Magalhães)

domingo, 20 de setembro de 2015

SONETO PARA SER MUSICADO COM MELODIA DE CHORINHO


Chorei solitário este meu triste choro,
Ouvindo meus chorinhos matinais,
Como um prólogo lírico de um coro,
Em representações tão  teatrais.


E vou sempre quebrando este decoro,
Nestes choros chorados musicais,
Nunca consigo colher os meus louros,
Com as inspirações especiais.


A regional tocando os instrumentos,
E eu, em minha mesa, tão sozinho,
Bandolins exalando chamamentos,


Lembrando teus abraços e carinhos,
Canções de nostalgia e lamentos,
Inebria-me este triste chorinho.

(Jorge Eduardo Magalhães)

sábado, 19 de setembro de 2015

SONETO DAQUILO QUE NÃO FOI


Aquele retrato que não tirei,
Ficou bem guardado em minha memória,
O meu grande amor que não conquistei,
Entrou para a minha mais bela história,


O grande título que não ganhei,
Foi, com certeza, minha maior glória,
Os lugares por onde nunca andei,
Fazem parte da minha trajetória.


Em meus falsos caminhos eu me aturdo,
Onde tudo é falso e tão verdadeiro,
As mais loucas sensações que misturo,


Como lindos versos de um cancioneiro,
Algo que é tão palpável e absurdo,
Que vai me consumindo por inteiro.

(Jorge Eduardo Magalhães)