Aquela linda e jovem meretriz,
Com sua beleza fascinante,
Era, na carreira, uma iniciante,
Em fazer a vida, era aprendiz.
Teve de aprender a ser grande atriz,
Fingindo que era deleitosa amante,
Exalando libido em seu semblante,
Pseudo-prazer da alcova feliz.
Entre muitos vermutes e cigarros,
Foi decifrando todo aquele esquema,
Tanto os jovens ou os tipos mais bizarros,
Para ela, era parte do sistema,
Fechava os olhos e dava pigarros,
Pensava naquele ator de cinema.
(Jorge Eduardo Magalhães)