domingo, 15 de novembro de 2015

SONETO DA MULHER LOUCA


Assim que ela saiu do sanatório,
Não tinha mais ninguém à sua espera,
Foi chegando ao fim a sua quimera,
Todo um sentimento peremptório.


Vários pensamentos tão merencórios,
A sua nebulosa atmosfera,
Alucinação que se prolifera,
Um mundo particular bem provisório.


Um anjo com toda a sua candura,
Devaneios reais e tão vazios,
Verdade e imaginário se misturam,


Naquele universo alegre e arredio,
Nefelibatismo que não tem cura,
Triste e feliz naquele desvario.

(Jorge Eduardo Magalhães)

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