sexta-feira, 20 de novembro de 2015

SONETO PARA SER LIDO BEBENDO VINHO


Aquela taça de vinho,
Que me deixou todo prosa,
O teu perfume de rosa,
Também tinha seus espinhos.


O meu peito em desalinho,
Tua imagem tão vistosa,
Esta sensação viçosa
Cada gole, um carinho.


Degustação fascinante,
Mas que paladar suave,
Vai descendo bem rascante,


Uma melodia grave,
A cânfora irrelevante,
Porém nada que se agrave.

(Jorge Eduardo Magalhães)

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