quarta-feira, 30 de agosto de 2023

SONETO SEM RUMO

Vagando sem destino pela areia,
Nos meus pés, bate o mar com a fria espuma,
Tudo ao meu redor, uma leve bruma,
Distante, o reflexo da lua cheia.


Correndo gélidos em minhas veias,
Os medos que meu coração apruma,
Temor do incerto que a mente acostuma,
Dúvidas que meu âmago incendeia.


Pela praia, vou andando sem rumo,
Refletindo sobre todos os dilemas,
Fazendo dos anseios um resumo,


Procuro algo para ser meu tema,
Sou um dilema ambulante, eu assumo,
Que minha trajetória é um poema.

(Jorge Eduardo Magalhães)


 

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