Chamam de preconceito linguístico,
Quando corrijo quem escreve mal,
Dizem que é uma escrita original,
Que usa apenas um recurso estilístico.
Algo com um grande valor artístico,
E que sou um intolerante imoral,
Pois ter seu próprio estilo é tão legal,
É ser um revolucionário místico.
Eu não sou nenhum prolixo opressor,
E não faço da língua uma vigília,
Mas, escrever mal não é transgressor,
Ter cultura é uma maravilha,
E não me cite aquele professor,
Da Universidade de Brasília.
(Jorge Eduardo Magalhães)
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