Em tempos de máscaras e álcool em gel,
Cujas pessoas mantêm a distância,
E o futuro é uma grande inconstância,
Só de andar na rua, você é réu.
Tento em mim adocicar meu fel,
Na necessária e forçada vacância,
Para amenizar as circunstâncias,
Deste comunitário mausoléu.
Neste período de isolamento,
Vem surgindo em meu "eu" a saudade,
Recordo aqueles raros momentos,
De ímpar e una felicidade,
Lembranças que vêm em meu pensamento,
Que nem parecem que são verdades.
(Jorge Eduardo Magalhães)
Um comentário:
Parabéns. Muito tocante este soneto.
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