Quando passou, não olhou,
Tão bonita quanto o mar,
Foi andando, não parou,
Como um barco a se afastar.
Como a tarde de verão,
Que esvai com o anoitecer,
Transpirando de emoção,
Radiante de viver.
A menina que passou,
Ainda vive em meus versos,
É para ela que estou,
Criando no meu reverso,
Poesia que deixou,
O poeta tão disperso.
(Jorge Eduardo Magalhães)